Coronavírus: nova variante P.4 é detectada em Rio Claro

Com mutação igual a cepa indiana, nova variante do coronavírus está em ascensão, afirma o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, João Pessoa Araújo Júnior, que pede atenção máxima à região para minimizar a transmissão.

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Nova variante P.4 é detectada em Rio Claro, conforme anunciado pelo pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, João Pessoa Araújo Júnior nesta terça-feira (25).

Segundo o especialista, a P.4 tem origem ainda desconhecida e foi identificada primeiro em uma amostra de Itirapina. Foi constatado também que ela passou a ter alta circulação em Porto Ferreira. Não é possível saber se ela é mais contagiosa ou perigosa do que o vírus “comum”.

Além de Itirapina, Porto Ferreira e Rio Claro, a nova variante já foi encontrada nas cidades de Santa Cruz das Palmeiras, Tambaú, Araras, Mococa, Sumaré e Cesário Lange.

A amostra mais antiga, de fevereiro, é de Itirapina. A partir de agora, mais órgãos passam a estudar a variante e buscam identificar a origem.


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Nova variante P.4 detectada em Rio Claro é similar a cepa Indiana

No início deste mês, a mutação L452R na proteína S, que também está presente na variante indiana do novo coronavírus, havia sido identificada em amostras de Descalvado e Porto Ferreira. Contudo, não era possível afirmar se se tratava de uma nova variante ou de uma já existente.

Segundo o pesquisador, as análises da universidade foram submetidas ao Global Initiative on Sharing All Influenza Data (GISAID), iniciativa internacional de acesso aberto a informações sobre genomas de vírus influenza e coronavírus. O grupo então fez a designação do nome P.4.

Variante em ascensão

Ao portal G1/São Carlos, Araújo Júnior destacou que o reconhecimento da nova variante é importante, pois mostra que ela está em ascensão. “Ela está num ambiente onde a P.1 predomina, onde a variante britânica predomina também. Mas ela está subindo com uma frequência que nos preocupa muito. Então, isso foi reconhecido pelo GISAID. E agora, com esse nome, a gente vai ter condição de acompanhar melhor qual vai ser a disseminação dela”, afirmou

“E a gente quase que implora para os órgãos competentes de saúde para olharem com mais cuidado para essa região, para minimizar a transmissão dessa variante P.4. para outras regiões, como aconteceu com a variante P.1.”

Sem notificação oficial

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que até o momento não há notificação oficial da variante P.4.

“Atualmente, somente três [variantes] são consideradas “variantes de atenção” pelas autoridades sanitárias devido à possibilidade de aumento de transmissibilidade ou gravidade da infecção, por exemplo. São elas: P.1, B.1.1.7 e B.1.351″, disse no comunicado.

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