Sesc Piracicaba abre exposição com 212 obras de arte Naïfs

A mostra pode ser conferida gratuitamente de terça a sexta-feira, das 14 às 18 horas, mediante agendamento prévio pela internet.

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Quem gosta de artes pode conferir a 15ª Bienal Naïfs do Brasil que será aberta ao público a partir desta terça-feira (9) no Sesc de Piracicaba. A mostra pode ser conferida gratuitamente de terça a sexta-feira, das 14 às 18 horas, mediante agendamento prévio de visitas pelo site. A exposição estará em cartaz até o dia 27 de fevereiro.

Devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as pessoas podem permanecer no máximo 90 minutos na exposição e o uso de máscara facial é obrigatório durante todo esse período, bem como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade.

Detalhe da tela “Cotidiano II”, de Alexandra Adamoli. (Foto: Paulo Parra Munhoz)

Exposição: 212 obras

A 15ª Bienal Naïfs do Brasil tem curadoria de Ana Avelar e Renata Felinto, e reúne 125 artistas de 21 estados do país, além do Distrito Federal. A exposição traz 212 obras em suportes diversos como instalações, pinturas, desenhos, colagens, gravuras, esculturas, bordados, marcheteria e entalhes.

As 212 obras da bienal foram escolhidas entre 980 trabalhos inscritos. “Saltam aos olhos assuntos da maior relevância na imprensa hoje, como é o caso da questão premente da conservação ambiental… É também visível a associação da figura feminina à natureza, frequentemente como divindade”, explica Ana Avelar.

Para Renata Felinto, a seleção buscou contemplar várias humanidades, que é a multiplicidade de cores. “Nós temos, por exemplo, um grande número de pessoas não brancas participando dessa exposição, e isso é necessário porque é preciso equilibrar dentro das exposições, o número de participantes, as origens, as complexidades das pessoas humanas participantes de acordo com a complexidade da população constitucional brasileira”, observa.

Em busca de uma liberdade que ainda não raiou, 2019, Con Silva. (Foto: Isabella Matheus)

Ideias para adiar o fim da arte

Os trabalhos foram criados a partir do tema “Ideias para adiar o fim da arte”, uma referência direta ao pensamento do líder indígena, ambientalista e escritor brasileiro Ailton Krenak, e ao filósofo e crítico de arte americano Arthur Danto. Em diálogo com o corpo expositivo, as artistas Carmela Pereira, Leda Catunda, Raquel Trindade e Sonia Gomes integram a mostra a convite das curadoras.

A bienal tem uma relação longeva com o Sesc já que a primeira exposição foi realizada no início da década de 1990. “A longeva relação do Sesc com esse universo, que antecede a realização das Bienais Naïfs do Brasil, está ligada ao reconhecimento de que a arte popular merece um espaço condizente com sua relevância”, explica Danilo Santos de Miranda, diretor Regional do Sesc São Paulo.

De acordo com ele, essa trajetória colaborou para que o Sesc alargasse seus horizontes e sua compreensão sobre ação cultural, evidenciando as conexões entre cultura, democracia e cidadania. “Cada nova edição impõe desafios sintonizados com contextos cambiantes e suas urgentes questões. Pois o presente é um caleidoscópio de temporalidades, onde passados e futuros são disputados, e a arte é uma das principais expressões dessa tão humana condição”, destaca.

Esperança em pedaços, 2019, Chavonga. (Foto: Isabella Matheus)

Serviço:

A “15ª Bienal Naïfs do Brasil – Ideias para adiar o fim da arte” pode ser conferida de 9 a 27 de fevereiro no Sesc de Piracicaba, que fica na Rua Ipiranga, 155, Centro.

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