Jornalistas refugiados são tema de exposição no Memorial da América Latina, intitulada “Quem conta essa história: jornalistas refugiados ou refugiados jornalistas?”. A exposição fotográfica retrata profissionais de imprensa forçados a deixar seus países devido a perseguições. A mostra é realizada pelo memorial em parceria com a ACNUR – Agência da ONU para Refugiados e a Folha de S. Paulo.
Composta por fotos, textos e recursos audiovisuais produzidos pela Folha de S. Paulo e pela ACNUR, a exposição relata os motivos do deslocamento forçado, a trajetória e o processo de integração de quatro jornalistas. Carlos, Claudine, Kamil e Victorios, que tiveram que deixar, respectivamente, a Venezuela, República Democrática do Congo, Turquia e Síria, em busca de proteção internacional no Brasil. Em suas novas residências, eles buscam reconstruir suas vidas com dignidade, sem deixar para trás os profissionais que são.
A exposição aborda a vida e trajetória de cada um dos jornalistas retratados, considerando o contexto que cada um foi forçado a abandonar, trazendo uma análise das violações de direitos humanos em cada país e os caminhos percorridos pelos profissionais do jornalismo, evidenciando a perseguição sofrida. Compõem a exposição textos descritivos contendo as narrativas de cada refugiado, ilustrados por fotografias e infográficos, além de vídeos com depoimentos em primeira pessoa, trazendo, assim, um olhar mais íntimo sobre a causa dos refugiados.
“A principal missão do Memorial da América Latina é ser um polo de integração latino-americana e, para isso, atuamos, desde a nossa fundação, no sentido de promover ações de acolhimento tanto dos povos latinos, quanto de qualquer outra população vulnerável. Recebemos essa exposição com a maior alegria e com a certeza de que esta é mais uma frente em que atuamos para a defesa dos direitos humanos”, afirma Jorge Damião, presidente do Memorial da América Latina.
A exposição integra as atividades realizadas pelo Memorial da América Latina em parceria com a ACNUR, por meio de um acordo de cooperação firmado entre as instituições em janeiro de 2021, com o objetivo de realizar ações de visibilidade sobre o tema dos refugiados e da apatridia a partir de uma perspectiva cultural e educativa. A atividade também celebra os 70 anos do ACNUR e os 100 anos da Folha de S. Paulo. Além da exposição, o Memorial da América Latina também lançou o livro “Tradução Humanitária e Mediação Cultural para Migrantes e Refugiados”.
A exposição ficará em cartaz no Memorial da América Latina (Espaço Gabo – Praça da Sombra) até o dia 31 de agosto. A mostra pode ser vista de segunda a sábado, das 12 às 16 horas, seguindo os protocolos de segurança contra a disseminação da da Covid-19. A entrada é gratuita.