No dia 23, um evento no Clube de Campo de Rio Claro reunirá o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o advogado Marcos Pollon, líder do Movimento Pró Armas.
Promovido pelo Departamento de Tiro Esportivo do CC, o evento será realizado sábado (23) a partir das 11 horas e terá vagas limitadas. O valor das adesões é de R$ 120,00 e incluem um almoço gourmet e “um bate papo sobre o Brasil”, com os dois arquiinimigos do desarmamento e expoentes do conservadorismo bolsonarista.
A presença dos dois em Rio Claro vem gerando polêmica nas redes sociais.
Celebrizado como uma espécie de serial killer do meio ambiente e com a Justiça e a Polícia Federal fungando em seu cangote, Ricardo Salles esteve afastado dos holofotes desde que deixou o MMA ao final de junho e reapareceu em cena durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC Brasil), realizada no início de setembro.
No mesmo evento, Marcos Zborowski Pollon foi aplaudido de pé ao evocar o uso de armas para “reagir” as injustiças, ao “luladrão” e ao Supremo Tribunal Federal (STF), que chamou de “a corte que está querendo destruir o país” – clique AQUI.
Pátria armada
O número de colecionadores de armas, atiradores desportivos e caçadores (CACs) já é maior do que o total dos militares da ativa nas Forças Armadas.
Até o final de agosto deste ano, a soma de todos os CACs registrados no Brasil chegava a 409.689, ultrapassando os 356.281 militares na ativa do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, segundo dados do Ministério da Defesa. O número de CACs agora também pode ser comparado aos efetivos das policias militares nos estados brasileiros — 416.923, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – clique AQUI.
Em 12 de outubro, durante o sermão do Dia de Nossa Senhora Aparecida, o arcebispo Dom Orlando Brandes afirmou que “para ser pátria amada não pode ser pátria armada”.
A declaração provocou a reação do deputado estadual Frederico D’Avila (PSL) que, durante a sessão na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), xingou o arcebispo e o Papa Francisco de “safados”, “vagabundos” e “pedófilos”.