O Carnaval não faz parte do calendário eleitoral, mas no caso do PL de Rio Claro pode ser uma referência para definir se o partido seguirá no bloco de reeleição do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) em 2024, ou se tomará novos rumos depois da Quarta-feira de Cinzas.
Oficializado no início de junho de 2023 e presidido pelo advogado Alcir Russo Junior, o órgão provisório que comanda o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro na cidade tem prazo de vigência fixado até o próximo dia 10 de fevereiro, sábado de Carnaval, conforme documento registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
É bem provável que não haja uma renovação automática ao final do prazo de vigência e que uma nova nominata, com a manutenção ou mudança no quadro de dirigentes partidários locais, só seja publicada após o término da janela partidária, que será aberta em março e fechada em 5 de abril.
Ao ter seu nome ratificado na presidência do PL de Rio Claro, Alcir observou que a disposição do partido era a de seguir na base de sustentação política do prefeito Gustavo, mas que não abriria mão de indicar o candidato a vice para 2024, sendo esta uma condição inegociável – clique AQUI.
Pouco tempo depois, Alcir surpreendeu os bastidores políticos ao anunciar publicamente que o PL estaria abrindo as portas para a filiação do arqui-inimigo de Gustavo, o ex-prefeito Juninho da Padaria – clique AQUI.
Na sequência foi a vez do ex-deputado Aldo Demarchi ter seu nome dado como certo no PL, o que estaria levando Gustavo e o vice-prefeito Rogério Guedes a disputarem seu apoio – clique AQUI. Houve encontros com o deputado federal Miguel Lombardi e o presidente da Alesp André do Prado, ambos do PL, mas nada foi concretizado.
Sem Aldo e sem Juninho, que agora está filiado ao PRD (Partido Renovação Democrática) – criado a partir da fusão do Patriota com o antigo PTB – em novembro o PL anunciou a filiação do sindicalista e secretário municipal de Governo, Tu Reginato, voltando a sinalizar a permanência com Gustavo – clique AQUI.
Vale lembrar que a atual direção do PL foi confirmada após uma disputa pelo controle do partido na cidade travada entre Rogério Guedes (que era vice-presidente da legenda) e Gustavo, que teria contado com a ajuda do presidente nacional do PSD Gilberto Kassab, para o estabelecimento de um acordo regional pelo qual o PL deixaria de lançar candidato próprio em Rio Claro, em troca do apoio em Limeira à candidatura a prefeito de Miguel Lombardi que, pelo jeito, considera o apoio de Bolsonaro insuficiente.
Com todas as idas e vindas, o futuro do PL de Rio Claro depois da Quarta-feira de Cinzas remete ao refrão de um antigo sucesso de Carnaval: “Como será o amanhã?… Responda quem puder”.