Advogados de Gustavo agiram pela inelegibilidade de Juninho

Um dos mais caros e prestigiados do país, o escritório Alberto Rollo Advogados Associados é o elo oculto nas sombras dos bastidores da batalha entre os arquirrivais da política de Rio Claro.

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Os advogados que atuaram fortemente em Brasília para derrubar decisão da Justiça Eleitoral paulista e impor inelegibilidade ao ex-prefeito Juninho da Padaria, são os mesmos que agora defendem os interesses do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), candidato à reeleição pela coligação “Para Rio Claro Continuar Mudando”.

O elo oculto que liga Gustavo Perissinotto a inelegibilidade de Juninho tem endereço à Rua Berta, nº 87, na Vila Mariana, em São Paulo. É lá que está a sede do escritório Alberto Rollo Advogados Associados, um dos mais caros e prestigiados do país e que tem como sócios João Fernando Lopes de Carvalho, Alberto Rollo e Mariangela Ferreira Correa Tamaso.

Esses mesmos advogados que atuam na Justiça Eleitoral em defesa dos interesses da chapa Gustavo Perissinotto(PSD)/Maria do Carmo Guilherme(MDB), foram contratados nas eleições gerais de 2022 pelo também advogado Rodrigo Bruno Nahas para tentar impugnar a candidatura de Juninho a deputado estadual pelo antigo Patriotas junto ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.

A tentativa fracassou no TRE que, por unanimidade, negou o pedido de impugnação e deferiu a candidatura. Até porque, apesar de ter contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Câmara Municipal, não houve imputação de débito e, por isso mesmo, Juninho nunca foi inserido na relação de gestores com ficha suja.

Inconformados, ingressaram com agravo no TSE em Brasília, onde após a eleição a decisão unânime da Justiça Eleitoral paulista foi solenemente ignorada e reformada pelo Procurador-Geral Eleitoral Benedito Gonçalves, amigo pessoal de Lula e responsável por conduzir as ações no TSE que levaram à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Batalha final

Tornado inelegível em dezembro de 2022 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Juninho lançou sua candidatura neste ano amparado em um recurso especial que, após ter repercussão geral admitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), poderia liberar de forma definitiva seu retorno à arena política.

Contudo, logo no início do julgamento de mérito no último dia 6 pelo Plenário Virtual do STF, o otimismo deu lugar à frustração personificada pelos ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, que votaram pelo não provimento do recurso.

A estes – até a publicação desta matéria – se juntaram também os ministros Flávio Dino, Alexandre de Moraes, Ricardo Zanin e Edson Fachin. Com seis votos, formou-se nesta quinta-feira (12) a maioria que mantém Juninho inelegível e o tira da eleição 2024.

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