Rio Claro: Campanha anti-PSD provoca pânico em candidatos

Em nota de repúdio, líder do partido na Câmara Municipal pede respeito aos vereadores e diz que acredita nos valores do partido, mas prefeito Gustavo mantém Gilberto Kassab escondido em sua campanha pela reeleição.

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A campanha nacional contra o PSD que, a cada dia ganha mais corpo nas redes sociais, já repercute no cenário das eleições municipais de Rio Claro e provoca pânico nos candidatos do partido, o que inclui além do prefeito Gustavo Perissinotto, quatro vereadores que concorrem à reeleição.

Prova disso é a nota de repúdio publicada pelo líder do partido comandado por Gilberto Kassab na Câmara Municipal de Rio Claro, Diego Gonzalez, em virtude de “ataques direcionados aos vereadores do PSD em razão de disputas partidárias nacionais”.

Na nota, ele pede “respeito ao trabalho dos vereadores que atuam de forma transparente e de modo a buscar o melhor para os cidadãos”. Diz ainda, que “as eleições municipais devem ser avaliadas pelo trabalho e comprometimento de cada candidato com a sociedade”. (confira ao final da matéria)

Embora o vereador afirme que “acredita nos valores do PSD”, a nota chama atenção para o fato de o próprio prefeito Gustavo (PSD) omitir de sua campanha à reeleição o apoio de seu mentor político e presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab.

Vale lembrar que, conforme o RC 8:32 revelou, em 2023 Kassab tentou articular um acordo regional a partir de Limeira pelo qual o PSD apoiaria o PL que, em troca, deveria abrir mão de lançar candidato em Rio Claro – clique AQUI.

O acordo começou a ruir no começo deste ano, após vazamento de um áudio em que o ex-presidente Jair Bolsonaro vetava o apoio do PSD. “Deixo claro: PSD do Kassab eu não apoio ninguém, tá ok?” – clique AQUI.

Com seis vereadores, o PSD detém a maior bancada da Câmara Municipal. Quatro – Diego Gonzalez, Pereirinha, Thiago Japonês e Serginho Carnevale – são candidatos à reeleição.

Os outros dois – Alessandro Almeida e Vagner Baungartner – que se dizem de direita, ingressaram no partido mesmo após o veto de Bolsonaro e não são candidatos.

Nikolas e Gayer

Os bolsonaristas pressionam o PSD, que no plano federal é aliado do governo Lula, a apoiar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os deputados federais Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer, expoentes do PL, publicaram nas redes sociais uma campanha contra o PSD, presidido por Gilberto Kassab, depois de senadores da sigla não terem assinado o pedido de impeachment do ministro conhecido como Xandão.

O pedido de cassação de Moraes, firmado por 152 deputados, já tem a adesão de 36 senadores. Faltam só 5 votos para o Senado constituir maioria simples (41) e abrir o processo de impeachment.

Nota do PSD

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