Crise na Educação aproxima direita e PSOL em Rio Claro

Problemas mal geridos na Rede Municipal de Ensino propicia uma conveniente comunhão de interesses e compartilhamento de discursos entre grupos antagônicos.

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A escalada da crise na Educação Municipal assanha a oposição ao governo Gustavo na Câmara de Rio Claro, gera ruídos na base aliada e faz com que parte da direita bolsonarista caminhe de mãos dadas com o PSOL, que tenta fazer da rede municipal de ensino um bastião de onde parte ao ataque em busca de maior visibilidade com discurso contra a “precarização e mercantilização” dos serviços públicos.

Essa comunhão estranha de interesses começou a ser alimentada a partir de problemas mal geridos pela Secretaria de Educação relacionados ao abastecimento de gêneros para a merenda escolar, estoque de materiais, morosidade na manutenção dos prédios escolares e ao conturbado relacionamento com empresas terceirizadas que atuam no setor.

O prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) reconheceu a sucessão de problemas e chegou a pedir desculpas pelas falhas e transtornos – clique AQUI.

Em meio à crise, um artigo que integrava o projeto de reforma administrativa recém-aprovado pela Câmara Municipal, tumultuou ainda mais o cenário e atiçou a oposição que passou a reverberar o entendimento manifestado por parte dos professores municipais, de que tal artigo revogaria conquistas da categoria obtidas através do Estatuto do Magistério.

Diante da grita geral, na manhã de quarta-feira (21) um grupo de vereadores da base aliada solicitou do prefeito Gustavo o veto imediato do referido artigo, o que foi feito ao final da tarde com a publicação da reforma.

Mesmo assim, os vereadores Moisés Marques (PL) e Tiemi Nevoeiro (Republicanos) – que se autoproclamam bolsonaristas raiz – tentam emplacar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o que é pouco provável. Segundo Moisés, que articula o pedido, faltam três para as sete assinaturas necessárias à abertura.

Nesta sexta-feira (23), um novo protesto em frente à Prefeitura de Rio Claro deve ser usado para pressionar pela abertura de CPI. O ato contará com a participação do Coletivo Servidores em Luta – de influência psolista -, seguida de uma discussão sobre “A luta por uma educação pública de qualidade para a classe trabalhadora”, com as professoras Flavia Bischain e Cris Banhol, do Coletivo Reviravolta na Educação, que atua como braço do PSTU – clique AQUI.

Leia mais notícias sobre política de Rio Claro e Região no RC 8:32.

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