Pandemia: Esperança marca rio-clarenses entrevistados

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Na semana que o Brasil atingiu a marca de 250 mil mortos pela COVID-19, o Camões, parceiro do RC 8:32, quis descobrir qual o impacto da pandemia na vida dos rio-clarenses. A reportagem conversou com um estudante, um professor e um autônomo e em comum, a esperança com a vacinação da população para que, enfim, a vida volte ao normal, confira!

Kaylaine Vitoria
Kaylaine Vitoria, profissão: Estudante. (Foto: Arquivo Pessoal)

Em qual área você acha que a pandemia mais te afetou?

Na área profissional, pois eu fui contratada ano passado (no meio da pandemia) e ainda não pude ir na minha empresa, por conta dos riscos.

Você acha que tudo o que aconteceu e ainda está acontecendo, vai trazer algo de bom para o futuro?

Eu espero que sim, apesar de um lado meu duvidar um pouco por conta do jeito que o brasileiro vem lidando com tudo isso. As pessoas não pensam umas às outras tanto quanto eu gostaria que estivessem, mas ainda acho que temos chance de melhorar.

Em um certo período do isolamento, o site responsável por divulgar o número de casos de infectados e de mortos pela Covid-19 começou a censurar alguns dados, você lembra desse momento? O que você pensa sobre as pessoas falarem que os números são falsos, utilizando frases como: “qualquer um que morre hoje é Covid”?

Eu lembro sim quando aconteceu. Eu fico meio dividida, pois na minha família tem uma pessoa que trabalha na área da saúde e ela diz que, como a prioridade tem sido o tratamento da Covid-19, há médicos que acabam não tratando outras doenças com a mesma seriedade.


Lucas Bueno
Lucas Bueno, profissão: Professor. (Foto: Arquivo Pessoal)

Como você acha que foi a adaptação repentina em geral para esse ensino híbrido? Você mudaria alguma coisa?

Então, em relação a adaptação ao ensino híbrido eu percebo que eu enfrentei dificuldades tanto quanto professor, como quanto aluno. Como professor foi por eu sempre me preocupar em relação a qualidade da minha aula. Já como aluno, temos que nos adaptar, seguir as orientações. Mas, sem dúvida, enfrentei maior dificuldade enquanto professor.

Assumindo o papel de professor e aluno, para você, qual dos dois foi mais desafiador durante o isolamento?

Eu como experimentei os dois lados, acredito que o papel mais desafiador é o do professor. Ainda que o aluno tenha uma certa dificuldade, estudar, independente do modo que seja, ainda é estudar. Agora, ensinar de um modo diferente, remotamente, você precisa mudar totalmente as metodologias, é necessário rever o que vai usar e como vai aplicar. Nesse sentido, como vivo os dois lados, é mais desafiador ser professor.

Agora falando em saúde psicológica, você fez algo para conseguir lidar com esse período incerto e exaustivo? Imagino que tenha presenciado muitos desabafos da parte de alunos e colegas de trabalho, como foi mantendo o autocontrole e o foco?

Eu particularmente comecei a reservar momentos de lazer no meu dia a dia, mesmo sobrecarregando de trabalho, como ver séries, descansar, dormir mesmo, conversar com os meus amigos e etc. Busquei fazer alguma coisa que eu sabia que ficaria feliz. Cozinhar foi algo que me fez descontrair e que me ajudou muito. Manter contato com outras pessoas foi importante também, pois quanto maior era o isolamento, mais difícil estava ficando. O autocontrole foi uma cobrança pessoal, em relação a alguns problemas que eu fui enfrentando no começo, como dificuldade em cumprir prazos e isso traz alguns danos pra gente. Assim, eu tive que me policiar na qualidade do meu trabalho, seja como professor ou quando aluno.


Adileu Alves da Silva
Adileu Alves da Silva, profissão: Autônomo. (Foto: Arquivo Pessoal)

Qual o impacto da pandemia?

Na minha opinião foi o financeiro, como por exemplo: autônomos não conseguindo trabalhar, hospitais sem condições de ampliar o atendimento para todos, entre outros casos.

Qual a perspectiva de futuro pós-pandemia?

Que aos poucos voltaremos ao normal, e que conseguiremos sair mais fortes desse momento tão preocupante que estamos vivendo.

Qual sua opinião sobre a vacinação contra o COVID-19 no Brasil?

O processo de vacinação está um pouco lento, mas a esperança é que a vida das pessoas aos poucos volte ao normal.


Esta é uma reportagem com fins pedagógicos realizada por alunos da rede estadual de ensino dentro das atividades de língua portuguesa. Autoria de Aline Nunes dos Santos e Lukas Emanuell Carrera da Silva.

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