Rio Claro está à beira do colapso e pode faltar oxigênio

Coordenadora do Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus alerta para possibilidade de falta de medicações essenciais e até mesmo de oxigênio

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Em comunicado oficial emitido na noite desta sexta-feira (19), o governo municipal afirma que a situação da pandemia em Rio Claro é cada vez mais preocupante e já coloca os serviços de saúde em alerta total, à exemplo de tantas outras cidades no estado de São Paulo e em todo o país.

“Estamos prestes a entrar em colapso, os números apontam isso. Ou seja, não teremos condições adequadas de atendimento, ou pela ausência de leito de UTI, ou de medicações essenciais e até mesmo falta de oxigênio”, afirma a médica Suzi Berbert, coordenadora do Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus.

Às 18 horas desta sexta-feira (19), a taxa de ocupação de leitos no Cervezão era de 105% e, na Santa Casa, de 100%. O município tem 155 pessoas hospitalizadas, sendo 77 em UTI.

Segundo o comunicado, o prefeito Gustavo Perissinotto disse no início da noite que as autoridades sanitárias e gestores municipais estão em alerta permanente, monitorando a situação da pandemia e adotando as medidas necessárias.

“Mais do que nunca, a colaboração da população é primordial neste momento em que a situação da pandemia se agrava também em nosso município”, afirmou Gustavo. Sem fazer menção a lockdown ou ao endurecimento das restrições, o prefeito se limitou a dizer que a fiscalização que vem sendo feita será ainda mais rígida, com o trabalho conjunto da Vigilância Sanitária, Guarda Municipal e Polícia Militar, e o serviço de inteligência da Polícia Civil.

A taxa de transmissão de 1,67 é muito preocupante, segundo a infectologista Suzi Berbert. “Mesmo na fase vermelha, onde temos menos pessoas circulando, a taxa está crescendo”, observa.

“Já não temos condições ideais para receber novos pacientes. Qualquer nova internação neste momento já terá de ser no improviso”, lamenta Suzi.

Nota divulgada pela prefeitura de Rio Claro nas redes sociais.

Cidades paulistas com estoque crítico de oxigênio

De acordo com levantamento do Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo, ao menos 54 cidades paulistas estão em “estado crítico” de abastecimento de oxigênio medicinal. Os dados foram obtidos pelo Estadão.

Na lista estão cidades como Bragança Paulista, Araçatuba, Rio Claro, Santos e Franco da Rocha.

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