Prefeito decreta lockdown voluntário e sem salário

"Não quer vir trabalhar? Não tem problema. Quer se cuidar? Ótimo, vai ficar em casa, mas não vai receber salário” – afirmou Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma (SC).

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O prefeito de Criciúma (SC), Clésio Salvaro (PSDB), adotou uma medida polêmica na última quarta-feira (17): um decreto que cria um lockdown voluntário na cidade, de forma que os servidores públicos podem deixar de trabalhar, mas ficam sem o salário.

“Não quer vir trabalhar? Não tem problema. Quer se cuidar? Ótimo, vai ficar em casa, mas não vai receber salário. É assim mesmo, porque é muito fácil pedir lockdown quando a geladeira está cheia e o salário garantido, então estou decretando lockdown na prefeitura, só que é voluntário, facultativo. Quer lockdown? Vai ter, só não vai ter salário”, afirmou o prefeito.

Declaradamente contra o lockdown em todo o município, Salvaro gravou vídeo onde disse que “não há necessidade de parar a economia, nós precisamos continuar trabalhando” e ainda afirma que quem quiser se cuidar, fica em casa, mas não terá direito a salário.

Para a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Criciúma e Região, Jucelia Vargas Vieira de Jesus, a medida seria uma cortina de fumaça para desviar a atenção das próprias responsabilidades do prefeito.

Com 217.311 habitantes, Criciúma está entre as cidades com maior índice de infectados com vírus ativo. Ao total, já são mais de 25 mil casos registrados na cidade e 300 mortes. Todas as regiões de Santa Catarina estão com nível de alerta máximo para a covid-19 – clique AQUI.

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