Voltas do Voltar e o Sertão: Casa das Rosas oferece programação dedicada ao forró

A programação apresenta ciclo de debates a partir da obra de ícones do gênero, oficina de criação de letras de forró e saraus.

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A Casa das Rosas, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciada pela Poiesis, promove, durante maio, debates que evidenciam a arte do letrista de forró na programação Voltas do voltar e o sertão: Forró feito poesia em canção. As atividades são gratuitas e acontecerão a distância, pela plataforma Zoom.

Há hoje um importante movimento pelo reconhecimento das Matrizes do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que abrange a multiplicidade de seus elementos, como os ritmos que o integram, os instrumentos, as indumentárias, a dança e as festividades a que está associado.

Para esse programa especial, foram convidados artistas, estudiosos, professores e pesquisadores de universidades de diversos estados, com o intuito de oferecer ao público, pelas redes sociais do museu, o acesso ao debate sobre aspectos socioculturais e artísticos do forró e uma oportunidade de apreciar obras-primas do cancioneiro brasileiro.

Carlos Sandromi fará a palestra de abertura no dia 6 de maio (Foto: Reprodução/Internet).

A palestra de abertura, Patrimônio Imaterial e Forró, abordará noções gerais sobre a política de promoção e valorização do patrimônio cultural de natureza imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, a memória e estruturação do processo de Registro das Matrizes do Forró como Patrimônio Imaterial, e a definição de forró, suas principais matrizes constitutivas, além de destacar a importância das letras e letristas para esse bem cultural. A palestra acontecerá no dia 6 de maio, quinta-feira, das 19h às 21h. As inscrições estão abertas até o dia do evento, neste link.

O sarau Diálogos Sincrônicos – Forró por elas irá explorar um aspecto pouco evidenciado na história de sua prática cultural no Brasil: a forte presença de mulheres compositoras/letristas e, em especial, as marcantes parcerias artísticas estabelecidas entre grandes forrozeiros e suas companheiras, como é o caso de Jackson do Pandeiro e Almira, Dominguinhos e Anastácia, entre outras. O sarau terá início no dia 8 de maio, sábado, às 15h. Para participar, é necessário realizar a inscrição aqui até o dia da atividade.

A oficina Versiforrozando: articulando letra e música em canções de forró tem como objetivo abordar os desafios para a composição de letra em uma canção de forró. A proposta é partir de uma música de forró instrumental e trabalhar com os participantes da oficina para que criem uma letra. Quais as características de uma letra de forró marcante, os temas mais recorrentes, algumas características estilísticas das letras de forró, como elaborar um poema a partir de um tema pré-estabelecido, como trabalhar em cima de frases rítmicas com tempos e acentos definidos são alguns dos tópicos que poderão ser abordados na oficina. A oficina, que será realizada nos dias 21 e 18 de maio e 4 de junho das 18h30 às 21h30, está com inscrições abertas até o primeiro dia de aula neste link.

A relação do forró com seus elementos de origem africana – como a base percussiva ou a vocalização de vogais no refrão –, e a relação entre forró e negritude, que marca a trajetória de alguns dos mais importantes forrozeiros, entre os quais Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, João do Valle e Trio Nordestino é o tema do sarau Diálogos sincrônicos – Forró e negritude. O evento acontecerá no dia 22 de maio, sábado, das 19h às 21h. As inscrições podem ser feitas até o dia do evento neste link.

Abrindo o ciclo de debates, o bate-papo Forró é também canção terá a finalidade de apresentar o campo dos estudos sobre a canção no Brasil e suas possibilidades para a abordagem da elaboração de letras como expressão literária – de canções, em geral, e do gênero forró, em particular. A conversa será realizada no dia 11 de maio, terça-feira, das 19h às 21h. As inscrições estão abertas até o dia do evento, clicando aqui.

Luiz Gonzaga será tema de mesa-redonda no evento (Foto: Reprodução/Internet).

Na conversa Luiz Gonzaga – Tradição e regionalismo será discutida a figura de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e seu papel na difusão das tradições e lugares de memória nordestinos a partir de seu projeto de cantar o Nordeste e sua relação com três de seus principais parceiros letristas: Humberto Teixeira, Zé Dantas e João Silva. Para participar da mesa, que acontecerá no dia 13 de maio às 19h, é necessário se inscrever neste link até o dia do evento.

A mesa Jackson do Pandeiro e o forró da mistura trará a versatilidade do “forró da mistura” representada por Jackson do Pandeiro, cantor, compositor e multi-instrumentista reconhecido por transitar entre diversos ritmos – como o baião, o xote, o xaxado, a quadrilha, a embolada, o forró, o samba, entre outros –, recebendo o título de Rei do Ritmo. A conversa será realizada no dia 18 de maio, terça-feira, das 19h às 21h. As inscrições ficam disponíveis até o dia 18, neste link.

Dominguinhos (Foto: Agência Brasil).

Dominguinhos é considerado o sucessor musical de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, e a mesa Dominguinhos e o forró cosmopolita discutirá as características da sua obra que, de certa forma, urbanizou o forró e transformou o modo pelo qual o Nordeste era representado – que deixa de ser o local mítico, rural e herdeiro de valores do catolicismo popular para tornar-se uma região culturalmente cosmopolita. A mesa terá início às 19h do dia 20 de maio, quinta-feira, e as inscrições devem ser feitas neste link até o dia da atividade.

Para encerrar o ciclo de mesas, Genival Lacerda e o forró safado – broma e duplo sentido tratará da obra de Genival Lacerda, perda recente no cenário musical brasileiro. Serão explorados recursos estilísticos, usados para criar ambiguidades de sentido, que imprimem às músicas um apelo humorístico muito próprio de expressões da cultura popular marcante no que ficou conhecido como forró safado, com suas insinuações picantes de conotação sexual. A última mesa será realizada no dia 25 de maio, terça-feira, das 19h às 21h. As inscrições estão abertas neste link e devem ser feitas até o dia do evento.

SERVIÇO

Curadoria: Marina Zacchi
Toda a programação acontece pela plataforma Zoom
Acesso: Clique AQUI

PALESTRA DE ABERTURA

PATRIMÔNIO IMATERIAL E FORRÓ
Atividade integrante da programação “Voltas do voltar e o sertão: forró feito poesia em canção”
Com Carlos Sandroni
Quinta-feira, 6 de maio, das 19h às 21h
Inscrição até 4/5: Clique AQUI

Genival Lacerda (Foto: Reprodução/Internet).

SARAU

DIÁLOGOS SINCRÔNICOS – Forró por elas
Atividade integrante da programação “Voltas do voltar e o sertão: forró feito poesia em canção”
Coordenação: Alexandra Nícolas
Sábado, 8 de maio, às 15h
Inscrição até 8/5: Clique AQUI

OFICINA

VERSIFORROZANDO: ARTICULANDO LETRA E MÚSICA EM CANÇÕES DE FORRÓ
Atividade integrante da programação “Voltas do voltar e o sertão: forró feito poesia em canção”
Com Climério Oliveira Santos
Sextas-feiras, 21 e 28 de maio e 4 de junho, das 18h30 às 21h30
Inscrição até 21/5: Clique AQUI

SARAU

DIÁLOGOS SINCRÔNICOS – Forró e negritude
Atividade integrante da programação “Voltas do voltar e o sertão: letras com que o forró se escreve”
Coordenação: Hernany Donato
Sábado, 22 de maio, das 19h às 21h
Inscrição até 22/5: Clique AQUI

CICLO DE DEBATES:

MESA DE ABERTURA: FORRÓ É TAMBÉM CANÇÃO
Atividade integrante da programação “Voltas do voltar e o sertão: forró feito poesia em canção”
Mediação: Marcelo Tápia
Com Walter Garcia da Silveira Junior e Felipe Trotta
Terça-feira, 11 de maio, das 19h às 21h
Inscrição até 11/5: Clique AQUI

MESA-REDONDA: LUIZ GONZAGA – TRADIÇÃO E REGIONALISMO
Atividade integrante da programação “Voltas do voltar e o sertão: forró feito poesia em canção”
Mediação: Paulo Vanderley
Com Climério Oliveira Santos e Amilcar Almeida Bezerra
Quinta-feira, 13 de maio, das 19h às 21h
Inscrição até 3/5: Clique AQUI

Jackson do Pandeiro (Foto: Reprodução/Internet).

MESA-REDONDA: JACKSON DO PANDEIRO E O FORRÓ DA MISTURA
Atividade integrante da programação “Voltas do voltar e o sertão: letras com que o forró se escreve”
Mediação: Leonardo Esteves
Com Claudio Henrique Altieri de Campos e André Paula Bueno
Terça-feira, 18 de maio, das 19h às 21h
Inscrição até 18/5: Clique AQUI

MESA-REDONDA: DOMINGUINHOS E O FORRÓ COSMOPOLITA
Atividade integrante da programação “Voltas do voltar e o sertão: letras com que o forró se escreve”
Mediação: Reynaldo Damazio
Com Gustavo Alonso e Lucas Campelo
Quinta-feira, 20 de maio, das 19h às 21h
Inscrição até 20/5: Clique AQUI

MESA-REDONDA: GENIVAL LACERDA E O FORRÓ SAFADO – BROMA E DUPLO SENTIDO
Atividade integrante da programação “Voltas do voltar e o sertão: forró feito poesia em canção”
Mediação: Ulisses Neves Rafael
Com Morgana Ribeiro dos Santos e Ludmila Portela Gondim Braga
Terça-feira, 25 de maio, das 19h às 21h
Inscrição até 25/5: Clique AQUI

SOBRE A CASA DAS ROSAS

Sede da Casa das Rosas em São Paulo – (Foto: Governo SP/Divulgação).

A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos é um museu dedicado à poesia, à literatura, à cultura e à preservação do acervo bibliográfico do poeta paulistano Haroldo de Campos, um dos criadores do movimento da poesia concreta na década de 1950. Localizada em uma das avenidas mais importantes da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista, o espaço realiza intensa programação de atividades gratuitas, como oficinas de criação e crítica literárias, palestras, ciclos de debates, exposições, apresentações literárias e musicais, saraus, lançamentos de livros, performances e apresentações teatrais.

O museu está instalado em um imponente casarão, construído em 1935 pelo escritório Ramos de Azevedo, que na época já tinha projetado e executado importantes edifícios na cidade, como a Pinacoteca do Estado, o Teatro Municipal e o Mercado Público de São Paulo.

SOBRE A POIESIS

A Poiesis – Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.

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