Indigno… Caótico… Deprimente. O Brasil que se pretende forjar à imagem e semelhança de Bolsonaro, pela ação de grupos abduzidos por delírios conspiratórios e aspirações golpistas, se apresenta hoje como uma espécie de buraco negro que devora sonhos e aprisiona a esperança no limbo da desolação.
Há mais de 2.500 anos, o filósofo chinês Confúcio já dizia que “uma imagem vale mais que mil palavras”. O que dizer então da cena deplorável de um presidente caricato, todo emporcalhado de farofa, comendo frango em uma barraca de rua em Brasília?
Marketing para associar sua imagem a de um cidadão comum, gente do povo, humilde e de modos simples? Estratégia para tirar de foco os gastos exorbitantes com o cartão corporativo, que atingem quase R$ 30 milhões?
Independente do que tenha motivado a encenação patética, o tiro saiu pela culatra. Tanto é que o vídeo acintosamente burlesco da farofada de Bolsonaro foi retirado do ar, devido à péssima repercussão nas redes sociais.
De qualquer maneira, o que restou foi a imagem grotesca de um presidente que insiste em aviltar a própria condição de maior mandatário do país… E o que essa imagem transmite de mensagem, conceito e informação só reforça o desalento que toma conta das pessoas minimamente conscientes e que se vêem sem perspectivas, devido a tempestade perfeita que se formou pelo mau gerenciamento da pandemia e da economia.
Esse desalento cresce, transforma-se em estupor quando se vislumbra no horizonte eleitoral de 2022 as nuvens negras do bolsopetismo a prenunciar uma verdadeira catástrofe: Ter que escolher entre seguir resignadamente a um final horroroso com Bolsonaro ou voltar a conviver com o horror sem fim representado por Lula – a “alma mais honesta deste país” que insiste em nos assombrar.
Um Brasil forjado à imagem e semelhança de Bolsonaro ou Lula é um país sem futuro, condenado ao atraso e aos perigos do populismo.
A partir desta perspectiva, uma outra frase atribuída a Confúcio pode ser complementada e usada como alerta: se queres prever o futuro, estuda o passado e corrija o presente.
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