Ana Patrícia e Rebecca nas quartas de final do vôlei de praia nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Na manhã deste domingo (noite de sábado no Brasil), elas derrotaram as chinesas Wang e X.Y. Xia por 2 sets a 0 (21/14 e 23/21), em 46 minutos, no Shiokaze Park.
As brasileiras vão disputar as quartas de final na terça (3), contra rivais ainda indefinidas. “Nos dois sets a gente começou um pouco abaixo, primeiro eu, depois a Ana para não dar ciúmes”, brincou Rebecca. “Mas nesse jogo a gente veio muito na questão de vibrar, de conversar e isso equilibrou o emocional. Está muito quente, e isso foi o diferencial a nosso favor. Sempre uma estar puxando a outra”, completou.
Ana Patrícia revelou que passou por um momento difícil na primeira fase da competição, ao receber a notícia da morte de um tio. “Mexeu um pouco com meu emocional. Mas estamos aqui para jogar, não é nenhuma justificativa. Mesmo perdendo, a gente pontuava sempre, estávamos conseguindo evoluir, trazer o nosso jogo para dentro de quadra e hoje a gente estava muito confiante. Sabíamos que ia ser um jogo difícil, mas a gente acreditava no que tínhamos conversado e visto de melhora”, afirmou.
Ágatha e Duda eliminadas
Se Ana Patrícia e Rebecca estão nas quartas de final do vôlei de praia, a segunda dupla brasileira em ação em Tóquio, Ágatha e Duda, despediu-se neste domingo (1º) da quadra olímpica com uma derrota para as alemãs Ludwig e Kozuch, por 2 a 1 (21/19 e 21/19).
“Óbvio que a gente está muito triste, ainda mais após uma derrota como essa. Mas nosso coração está tranquilo com relação à nossa entrega. A gente entregou nossa vida pro esporte, a gente queria muito medalhar aqui. O time foi formado falando em Tóquio. Mas um time tem que ganhar e outro tem que perder. No terceiro set, nós entramos muito fortes, e elas conseguiram sustentar, recuperaram, ficaram próximas, é mérito delas e não tem como tirar isso. Parabéns para elas e a gente vai crescer com essa derrota, Derrota também serve para isso, há um crescimento. É daqui pra frente”, afirmou Ágatha, prata nos Jogos Rio 2016.
Duda vê a derrota como chance de aprendizado no ciclo que levará a Paris 2024. “A gente deu de tudo, fez toda a tática, a gente fez o que tinha que fazer, deu literalmente nosso melhor. Não tem o que falar, o que faltou, o porquê disso só Deus sabe. Isso vai fortalecer a gente, vamos fazer disso um aprendizado”.