Quando Aruba decidiu abrir as fronteiras para a América Latina (exceto a Venezuela), no início de dezembro, a preocupação era adotar as medidas sanitárias para garantir a segurança dos turistas na ilha e manter o número de casos sob controle. Menos de dois meses depois da decisão, o território caribenho decidiu fechar as portas para visitantes de Brasil e Peru, considerados áreas de alto risco da pandemia. A preocupação é proteger os cerca de 100 mil locais e turistas de outras localidades.
Desde o início da pandemia, Aruba registrou só cerca de 6 mil casos de covid-19 e 52 mortes. Atualmente, há apenas 30 casos ativos na ilha. Mas não foi só a alta de casos que pesou contra o Brasil – cerca de 70% dos turistas da ilha vêm dos Estados Unidos, outro país muito afetado pela pandemia. A detecção, no Japão, de uma nova variante do vírus em passageiros saídos de Manaus também influenciou a decisão. Outro fator importante foi seguir medidas adotadas pela Holanda, já que a ilha é um território do país europeu. A KLM suspendeu os voos para Brasil, Reino Unido e África do Sul, onde novas mutações do vírus foram detectadas.
As condições de entrada já tinham ficado mais estritas em janeiro – não era possível embarcar sem apresentar o PCR negativo (antes, você poderia mostrar o resultado na chegada ou fazer uma breve quarentena até receber o exame feito no aeroporto). Mas, a partir de segunda-feira (25), os brasileiros não entram nem negativados para coronavírus.