Câmara e PP de Rio Claro se calam sobre rachadinha

Escândalo envolvendo vereador e ex-assessor ganha repercussão ainda maior através do g1, portal de notícias da Globo. Mas tanto a Câmara Municipal como o Partido Progressistas não se manifestam sobre o assunto.

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A Câmara Municipal e o PP – Partido Progressistas de Rio Claro se calam sobre a denúncia de rachadinha envolvendo o vereador Julinho Lopes, que ocupa a segunda secretaria da Mesa Diretora do Legislativo e é uma das principais lideranças do PP no município.

Gravado em 2016, o vídeo viralizou nas redes sociais e mostra o momento em que o parlamentar entra em uma sala, fecha a porta e recebe R$ 2,8 mil em dinheiro vivo do ex-assessor, Carlos Hara.

O caso está sendo investigado sob sigilo pelo Ministério Público, através de um inquérito civil e também pela Polícia Civil, que abriu um inquérito criminal para apurar os fatos.

Vereador X delator

Em declaração ao g1- portal de notícias da Globo, Alexandro Pin, Pin advogado do ex-assessor disse que mensalmente seu cliente era obrigado a dar cerca de 70% do salário para o vereador, sob risco de ser demitido.

Julinho Lopes, por sua vez, repudia toda e qualquer alegação da prática de ‘rachadinha’ e diz que ao final “a verdade prevalecerá”.

Ao g1 o vereador disse que “às vésperas do processo eleitoral denúncias dessa natureza surgem com viés de prejudicar figuras relacionadas ao processo eleitoral, bem como desestabilizar lideranças que tem o controle de partidos políticos no município”.

Silêncio como estratégia

Questionado pelo g1 sobre a possibilidade de Julinho Lopes sofrer alguma sanção interna do partido, o PP disse que não irá se manifestar sobre o assunto.

A mesma estratégia foi adotada pela Câmara Municipal, alegando que não foi citada oficialmente pelos órgãos que apuram a suposta denúncia.

Clique AQUI e confira matéria na íntegra publicada pelo g1/São Carlos.

Dando as cartas

Presidido por Ronald Penteado, secretário de Serviços Públicos do governo Gustavo Perissinotto (PSD), o PP saiu mais forte das urnas nas eleições municipais de 2020. Aumentou sua bancada de dois para três vereadores com a eleição de Moisés Marques, passou a dominar postos-chave e a dar as cartas na Câmara de Rio Claro.

Abriu caminho para a eleição de Pereirinha para a presidência da Câmara, responde pelas duas secretarias da Mesa Diretora, preside três comissões permanentes e detém a relatoria de outras três. Além de outros assessores e servidores ligados ao partido, também responde pela Diretoria Geral da Casa a partir da nomeação de Vinícius Sossai, que semana passada esteve acompanhando os seis vereadores – três do PP – no evento realizado em um resort de luxo à beira-mar na praia da Enseada, no Guarujá, onde foram consumidos R$ 45 mil em dinheiro público só com hospedagens, sem contar os adiantamentos para refeições e outras despesas.

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