A montagem do secretariado municipal do governo Gustavo II está sendo feita com a finalidade pré-estabelecida de manter a Câmara de Rio Claro sob absoluto controle do prefeito reeleito. Por isso, os novos secretários já nomeados atendem, prioritariamente, ao apetite voraz do MDB e do PP por cargos no primeiro-escalão.
O MDB, da vice-prefeita Maria do Carmo Guilherme, manteve sob seu domínio a Segurança e Defesa Civil com a nomeação de Thalison Mendes, passou a comandar o Meio Ambiente com Bruno Oliveira (presidente local do partido) e avança para dominar a Fundação de Saúde.
Já o PP manteve a Secretaria de Serviços Públicos comandada pelo seu presidente Ronald Penteado e abocanhou a de Mobilidade Urbana com Vinícius Sossai, além de ter assumido a superintendência do DAAE através da indicação de Leandro Tresoldi para o cargo.
Vale observar que o PP elegeu a segunda maior bancada da Câmara com quatro vereadores – Paulo Guedes, Adriano La Torre, Júlio Lopes e Claudino Galego – e o MDB conta com outros dois – Hernani Leonhardt e Ananias do Espetinho.
Assim, ao satisfazer a fome de cargos do MDB e PP, o prefeito Gustavo conquista seis votos favoráveis em plenário que, somados aos dos outros seis vereadores do PSD (Pereirinha, Serginho Carnevale, Diego Gonzalez, Elias Custódio, Fernando do Nordeste e Dalberto Christofoletti), garantem a aprovação de projetos polêmicos e outras matérias estratégicas que exigem votação favorável de dois terços da Câmara Municipal.
Republicanos a ver navios
Apesar de ter feito parte da coligação pela reeleição de Gustavo e de ter eleito dois vereadores – Rafael Andreeta e Tiemi Nevoeiro -, o Republicanos por enquanto ficou a ver navios.
Presidido em Rio Claro pelo ex-vereador Irander Augusto, o Republicanos tem como sua principal estrela o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, potencial candidato à presidência da República caso o ex-presidente Bolsonaro permaneça inelegível.
Aliás, durante a campanha pela reeleição, Gustavo colou insistentemente sua imagem a Tarcísio como trunfo para “vender” uma suposta conversão ao centro-direita, atrair a simpatia do eleitorado conservador e ocultar o DNA lulopetista que impregnou o início de sua militância política-administrativa.