O Brasil registrou nesta quarta-feira (10) o maior número de mortes notificadas em um período de 24 horas desde o início da pandemia do novo coronavírus Sars-CoV-2, em março de 2020.
Segundo boletim do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), foram confirmados 2.286 óbitos em um dia, elevando o número total de vítimas para 270.656. Dessa forma, a média móvel – calculo que estabelece a média de óbitos dos últimos sete dias no País – chegou a 1.626.
Esta é a primeira vez que a nação ultrapassa a marca diária de 2 mil mortes. O último recorde havia sido batido ontem (9), quando 1.972 pessoas perderam a vida em decorrência da emergência sanitária.
O consórcio de imprensa formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL levantou, junto às secretarias estaduais de Saúde, 2.349 mortes e 80.955 casos nas últimas 24 horas. Ao todo, os veículos de imprensa registraram 270.917 mortes e 11.205.972 infecções pelo novo coronavírus.
Os estados de São Paulo (62.570), Rio de Janeiro (33.893) e Minas Gerais (19.824) são os mais afetados em números absolutos de mortes.
No ranking mundial, por sua vez, o Brasil tem a segunda maior contagem, atrás somente dos Estados Unidos (528.603).
Em relação aos contágios, o País contabiliza 11.202.305 infecções por covid-19, com um acréscimo de mais 79.876 diagnosticados positivos. A média móvel de casos continua subindo e está em 69.096.
A taxa de letalidade, por sua vez, está mantida em 2,4%, mas a de mortalidade subiu para 128,8 para cada 100 mil habitantes.
A crise sanitária vive seu pior momento no território brasileiro. Desde o dia 20 de janeiro, são registrados mais de mil óbitos por dia e a ocupação de unidades de terapia intensiva para covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) está em “situação extremamente crítica”, com 15 capitais superando os 90 %, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).