FPF acusa governo de São Paulo de proibir jogos sem “referência científica”

Federação fará reunião com os clubes nesta terça-feira (16) para discutir as medidas que serão tomadas.

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A Federação Paulista de Futebol (FPF) fez duras críticas ao governo de São Paulo pela paralisação dos campeonatos esportivos devido às regras da fase emergencial que entrou em vigor na segunda-feira (15). Em nora divulgada nesta terça-feira (16), a entidade afirmou que a proibição dos jogos não tem “referência científica”.

De acordo com a FPF, ao anunciar a fase emergencial, o governo de São Paulo citou como exemplo países que adotaram medidas restritivas para conter o avanço da pandemia de coronavírus (Covid-19). “Em nenhum dos países listados pelo governo, o futebol foi paralisado na segunda onda de Covid-19, o que demonstra que não há qualquer referência científica internacional que embase a decisão de paralisação do futebol para combate à doença”, diz a FPF.

A federação vem tentando revogar a suspensão e obter a liberação dos jogos. Na segunda-feira (15) representantes da entidade e do governo se reuniram para discutir o assunto. No encontro, a FPF apresentou ao governo as medidas adotadas para proteger atletas e profissionais das comissões técnicas, como redução do número de pessoas e realização de testes antes e depois de cada partida.

A entidade ressaltou ainda que, assim como os restaurantes que funcionam o sistema de delivery, os campeonatos ocorrem sem a presença do público e os jogos chegam ao torcedor em suas casas, além de ter baixa taxa de transmissão da doença. “O rígido controle faz com que o futebol tenha uma taxa de positividade de 2,2% —15 vezes inferior à taxa do Estado de São Paulo e menor que a metade do número recomendado pela OMS para controle da pandemia (5%)”, afirma.

Todos esses argumentos foram insuficientes para convencer o governo que não voltou atrás na decisão de paralisar os jogos. A FPF também pediu liberação dos jogos ao Ministério Público, mas a solicitação foi rejeitada. Uma possibilidade ainda em análise seria levar os jogos para outros estados. A questão será discutida na tarde desta terça-feira (16) em reunião entre a FPF e os clubes das séries A1, A2 e A3.

Confira aqui a nota na íntegra.

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