Pelo volume de campanha dos cinco candidatos a prefeito de Rio Claro até aqui, Gustavo deve aparecer em nova pesquisa já anunciada com índice próximo ao que seria o seu teto. E isto, se confirmado, não é uma boa notícia, pois já há sinais de esgotamento na poderosa máquina de persuasão montada para garantir sua reeleição.
Dentro dessa perspectiva, a pesquisa realizada pela Statsol e que será divulgada pelo Jornal Cidade em 1º de setembro não deve trazer surpresas. Gustavo Perissinotto (PSD) estará à frente, seguido por Rogério Guedes (PL) e Juninho da Padaria (PRD).
Surpresa será uma ordem diferente entre os três principais concorrentes. Assim, mais do que a pontuação de Gustavo nas intenções de voto, o que deve chamar atenção serão os índices obtidos por Rogério e Juninho, que disputam o eleitorado da direita e centro-direita.
Os outros dois candidatos, Airton Moreira (PSol) e Antonio Carlos Sarti (PSB) que, com muito orgulho e muito amor, se assumem como de esquerda, completarão o cenário brigando por um lugar ao sol e tendo como ambição maior conseguir eleger pelo menos um vereador por coligação.
O desafio dos candidatos de esquerda é árduo não só pela falta de recursos. Mas principalmente, porque esquerdistas mais articulados e com maior potencial de voto já estão abrigados nas entranhas da máquina pública desde o início do atual governo municipal. Adaptados a nova pele e acomodados em cargos estratégicos e bem remunerados, não querem se aventurar e expor a verdadeira face.
A liderança de Gustavo apontada pelas pesquisas chega a ser uma consequência natural. Afinal, turbinado por uma verba de R$ 5 milhões para publicidade institucional, o prefeito que busca a reeleição entrou sozinho na pista da corrida eleitoral há mais de um ano. Desde então, investe maciçamente em propaganda e promoção pessoal, muitas vezes dissimulada em forma de notícias na imprensa tradicional.
Aparentemente a estratégia deu certo até aqui. Ele teria conseguido estancar e reverter uma propalada rejeição. Contudo, como a diferença entre o remédio que cura e o veneno que mata é a dosagem, a ameaça agora são os efeitos colaterais da overdose de exposição.
Há sinais de esgotamento… E, em meio a algumas incongruências que saltam aos olhos, um ponto de interrogação começa a pairar no ar: bateu a exaustão?
Gustavo se preparou para a corrida eleitoral sabendo que iria disputar antes uma prova de 400 metros com barreiras. Para ganhar musculatura, abusou de anabolizantes financeiros e midiáticos.
Enquanto isso, sem o mesmo poderio econômico Rogério Guedes e Juninho da Padaria, seus principais concorrentes, parecem guardar suas energias para um sprint final nos últimos 100 metros.
Mais do que as pesquisas, serão as urnas em 6 de outubro que revelarão quem chegará até lá com mais fôlego para comandar os destinos de Rio Claro a partir de 2025.