Em meio a incongruências, o prefeito Gustavo – o Redutor – prepara a folia carnavalesca e encolhe o repasse de recursos à Saúde, apesar de ter encaminhado à Câmara Municipal uma proposta de orçamento para 2022 que, pela primeira vez na história de Rio Claro, ultrapassa a casa de R$ 1 BILHÃO.
Pela bilionária proposta orçamentária apresentada por Perissinotto, os repasses exclusivos da própria Prefeitura para a Saúde foram reduzidos em cerca de R$ 10 milhões, se comparados estimativa deste ano.
O assunto virou manchete do Jornal Cidade, em sua edição de 10 de outubro. Um trecho da matéria destaca: “Enquanto o Orçamento enviado pelo ex-prefeito Juninho da Padaria e aprovado no ano passado pelo Poder Legislativo previu repasses de R$ 170 milhões para o exercício deste ano – excluindo-se os valores de repasses estaduais e federais –, a proposta da atual gestão prevê um repasse do Poder Executivo para a Fundação Municipal de Saúde de R$ 160 milhões”.
A matéria também observa que em junho Gustavo se viu obrigado a suplementar a dotação orçamentária, elevando o repasse de recursos próprios a R$ 174 milhões. Portanto, são R$ 14 milhões a menos. E mais! Se fosse aplicado o índice de estimativa de inflação para este ano, o orçamento para 2022 poderia aumentar para R$ 188,8 milhões – clique AQUI.
Há um ano, ao postar no Facebook algumas de suas propostas para a Saúde durante a campanha eleitoral, Gustavo prometeu mais saúde e atendimento de qualidade para os rio-clarenses. Não é bem isso o que se vê até gora.
Como polêmica pouca é bobagem, ao mesmo tempo em que diminui os recursos à Saúde, o prefeito prepara o volta triunfal do desfile das escolas de samba no Carnaval de 2022, conforme já antecipou o ex-vereador e atual secretário municipal de Esportes e Turismo, Yves Carbinatti, ao salientar que trata-se de uma promessa de campanha.
Mas a coisa não para por aí! Apesar de alardear insistentemente que a dívida global do município acumulada ao longo de anos também é bilionária, Gustavo – o redutor – quis porque quis contrair um empréstimo de até R$ 75 MILHÕES para asfalto e infraestrutura.
Sem encontrar nenhuma resistência, esse seu desejo foi rapidamente atendido pela Câmara Municipal, que aprovou por unanimidade o projeto de autorização para o financiamento. A aprovação foi puxada pela mudança de postura e pelo voto favorável de vereadores que se reelegeram se posicionando contra o endividamento do município, como Carol Gomes e Rafael Andreeta – que estiveram juntos contra a pretensão de empréstimo – e o presidente Pereirinha, para quem empréstimo para asfalto é falta de administração.
Como se vê, com Gustavo tudo é superlativo. A dívida do município é de R$ 1 bilhão. O orçamento é bilionário. E até mesmo uma simples redução de valeta é reverenciada como uma iniciativa histórica e festejada como principal realização do primeiro ano de governo.
A mediocridade reinante não se restringe ao oba-oba com a redução de valetas. Ela se reflete, principalmente, na postura aviltante e incoerente daqueles que insistem em reduzir a própria credibilidade e apequenar a história de Rio Claro.