O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (25) que os idosos vão tomar a terceira dose da vacina contra a Covid-19 a partir de 6 de setembro. A dose adicional do imunizantes será aplicada nas pessoas com 60 anos ou mais que completaram seis meses do recebimento da segunda dose.
“A decisão foi tomada para aumentar a proteção do público com mais de 60 anos que são mais suscetíveis aos efeitos da Covid-19”, explicou o governador João Doria ao fazer o anúncio sobre a vacinação adicional em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (25).
A aplicação da dose adicional visa aumentar a proteção da população mais vulnerável a variantes mais contagiosas do novo coronavírus, como a delta que está em circulação no país. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, até esta quarta-feira (25) o estado de São Paulo tem 266 casos confirmados da variante delta.
“A despeito de termos um número baixo de casos da variante delta, a cepa está em circulação e tem uma disseminação maior que as cepas anteriores. Por isso, temos a responsabilidade de proteger as pessoas mais vulneráveis”, destacou o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, informando ainda que a vacinação adicional deverá contemplar também os indivíduos imunossuprimidos em calendário ainda a ser divulgado.
Para o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, Paulo Menezes, a terceira dose da vacina é um reforço necessário diante do surgimento da variante delta. “Temos uma preocupação muito importante que é a circulação da variante delta. Portanto, a aplicação da terceira dose é uma proteção extra para garantir a segurança da população mais vulnerável à doença”, pontuou Menezes. Segundo ele, existe evidência de que após seis meses há uma possível queda dos anticorpos de proteção à Covid-19 das vacinas, o que reforça a necessidade da dose adicional.
Já o médico João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19, ressaltou a necessidade de acelerar a conclusão da cobertura vacinal da população. “O comitê entende que, nesse momento, é fundamental antecipar a aplicação da segunda dose para concluir a imunização, e aplicar uma dose de reforço para a população de maior risco”, disse.
Para que isso aconteça, o governo de São Paulo solicitou ao Ministério da Saúde a liberação de mais vacinas para antecipar a aplicação da segunda dose nos públicos restantes.
Ministério da Saúde
A aplicação da terceira dose não será restrita ao estado de São Paulo. Também hoje (25) o Ministério da Saúde informou que a partir de 15 de setembro vai aplicar a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 em “todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há seis meses”.
O Ministério da Saúde indicou que a dose de reforço deverá ser feita, preferencialmente, com a vacina da Pfizer, mas também poderão ser utilizadas as vacinas da AstraZeneca e Janssen. O governo federal excluiu a vacina Coronavac produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
Além da dose de reforço, o Ministério da Saúde informou ainda que haverá redução do intervalo entre as doses da Pfizer e AstraZeneca, de 12 para 8 semanas, a partir do próximo mês. Porém, o órgão não informou como a antecipação será feita.