Importado pelo prefeito Gustavo Perissinotto, o secretário municipal de Compras de Rio Claro é acusado por improbidade administrativa e responde a duas ações em trâmite na Justiça de Amparo, cidade onde exerceu os cargos de diretor do Departamento de Suprimentos e de secretário municipal de Administração.
Arlindo Jorge Junior assumiu a Secretaria de Compras em fevereiro deste ano, quando Gustavo apresentou os seus novos secretários, nomeados a partir da reforma administrativa aprovada em dezembro de 2021 pela Câmara Municipal e que criou quase 700 cargos de livre nomeação na máquina pública, muitos deles destinados a abrigar aliados e recompensar o apoio oferecido por vereadores.
Juntamente com o então prefeito de Amparo, Luiz Oscar Vitale Jacob, Jorge Junior responde a uma ação civil pública iniciada em setembro de 2019 por dano ao erário. Em abril de 2020, ele teve a indisponibilidade dos bens no valor de R$ 223.491,40 determinada pelo juiz Fernando Leonardi Campanella, da 1ª Vara de Amparo.
Além disso, ele também se tornou réu em uma ação penal por apropriação indébita em trâmite pela 2ª Vara de Amparo, a partir de abril de 2021.
O secretário de Compras do governo Gustavo foi alvo duras críticas desferidas pelos vereadores Hernani Leonhardt (MDB) e Carol Gomes (Cidadania), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal realizada nesta segunda-feira (01).
Vale lembrar que o secretário municipal de Finanças, Carlos Gilberto Dias Fernandes e o secretário adjunto de Finanças, Emerson Franzo de Oliveira, também respondem por improbidade administrativa em processos com origem nas cidades de Hortolândia e Louveira, respectivamente.
A predileção por profissionais de fora de Rio Claro, levou o prefeito Gustavo a contratar no início de seu governo a Fabricca 5 Consultoria, da cidade de Saltinho, para treinar os servidores da Central de Compras. Detalhe: o consultor contratado foi condenado em março de 2018 pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) por fraude em licitação na cidade de Charqueada – clique AQUI.