Investigação sobre “laranjas” pode chegar até o Podemos, PP e PSOL

Casos de prestação de contas zerada ou padronizadas se proliferam e podem levar vários partidos de Rio Claro a ficar sob a mira do Ministério Público Eleitoral.

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Partidos de todos os espectros ideológicos de Rio Claro, entre eles Podemos, PP e PSOL, podem entrar na mira do Ministério Público Eleitoral que abriu investigação preliminar para apurar eventuais candidaturas laranjas no Republicanos, a partir de denúncia anônima que está causando furor nos bastidores políticos e dando margens a uma série de conjecturas.

A denúncia se valeu de indicativos que, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, podem caracterizar fraude à cota de gênero e uso de candidaturas fictícias, a saber: votação zerada ou inexpressiva; prestação de contas zerada, padronizada ou ausência de movimentação financeira relevante; e ausência de atos efetivos de campanha, divulgação ou promoção da candidatura de terceiros.

No Podemos, por exemplo, três candidatas à Câmara Municipal pelo partido registraram votação inexpressiva e apresentaram prestação de contas zerada: Carminha Tia Do Café (24 votos), Jaque Jay (25 votos) e Professora Jeanete (48 votos).

A vereadora Carol Gomes foi a mulher mais votada do Podemos com 1.352 votos e a princípio havia conseguido garantir sua reeleição. Mas acabou perdendo a vaga, após a Justiça Eleitoral validar os votos recebidos pelo vereador Paulo Guedes (PP), que havia disputado a eleição sub-judice – clique AQUI.

Situação semelhante ao Podemos é verificada no Partido Progressistas (PP), onde três candidatas também não movimentaram as contas de campanha, embora tenham obtido uma votação maior. São elas: Ana Murbach (102 votos), Pastora Márcia Valéria (83) e Juliana Oliva (57).

A depender do desenrolar da análise das prestações de contas esses casos também poderão se tornar alvos de questionamentos por parte do MPE e da Justiça Eleitoral.

No PSOL, embora o partido não tenha conseguido eleger nenhum vereador, há vários casos que chamam atenção. Entre eles, quatro candidaturas que apresentaram uma prestação de contas padronizada no valor exato de R$ 2.604,31, repassados para cada uma pela legenda.

Neste grupo estão as candidatas Ka Oliveira (2 votos), Marília Ap (3 votos) e Lívia Camargo (20 votos). Além de Félix Oliveira (3 votos), que também declarou R$ 200,00 em recursos próprios.

Outros casos no PSOL envolvem os chamados candidatos “escadinhas”, que são aqueles que não conseguem se eleger. Eles têm como missão somar votos para a obtenção quociente eleitoral e na prática, trabalhar para os candidatos favoritos do partido.

Com este perfil aparecem Gentil Pereira, que recebeu R$ 3,906,00 e obteve 18 votos. Gê Ceccato, com R$ 4.733,00 e 22 votos. Professor Claudio Hofling, R$ 5.000,00 e 28 votos. Além de Mãe Sara, para quem o partido destinou R$ 14.411,00 e teve 40 votos.

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