O dono do jornal relatou que há dias vem sofrendo ameaças nas redes sociais por defender a imposição de medidas restritivas para combater o coronavírus. A cidade contabiliza 5.693 casos positivos e 124 mortes pela Covid-19, e segue as regras da fase emergencial do Plano São Paulo.
“Estavam querendo me calar. Aqui em Olímpia existe o gabinete do ódio que defende as mesmas teorias do gabinete do ódio de Brasília. Isso faz com que repensemos nossa função e a importância de um jornalista nesse momento”, disse o proprietário em entrevista ao G1. Atuando na profissão desde a época da Ditadura Militar, o jornalista afirma que é favorável às medidas restritivas para combater a pandemia e publica diversas reportagens sobre o assunto.
“Há uma semana, dois advogados representaram ao Ministério Público um comerciante e um outro advogado que estavam divulgando na internet uma carta sugerindo uma insubordinação civil. Nós soltamos uma reportagem sobre isso. A partir daí, começou uma campanha violenta contra a rádio e o jornal para os comerciantes cortarem os anúncios. Venho defendendo as medidas de contenção desde o começo da pandemia”, afirma.
José diz que a mulher e a neta acordaram por conta da fumaça e dos latidos dos cachorros de estimação. Em seguida, desceram a escada e se depararam com as chamas.
“Eu acredito que o cara que ateou o fogo não foi o mandante. Comecei a escrever na época da ditadura, com 14 anos de idade. Jamais acreditei que isso fosse acontecer aqui”, conta.
O RC 8:32 manifesta solidariedade ao jornalista e reitera a luta por um jornalismo independente, democracia e liberdade de expressão.