A obra da artista Beatriz Milhazes volta a ganhar espaço no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Após uma exposição dedicada à artista ter chegado ao fim no último dia 6, Masp abre nova mostra dedicada a Beatriz Milhazes. A exposição apresenta 17 pinturas de pequeno formato produzidas por Beatriz Milhazes no período de 1989 a 2020.
Conhecida, entre outras coisas, por sua pintura baseada na colagem, multicolorida e cheia de camadas, a artista é uma grande representante da arte contemporânea brasileira. Milhazes desenvolveu a técnica que denominou monotransfer, em que ela pinta sobre uma folha de plástico transparente e depois decalca ou transfere o elemento pintado e seco para a tela.
Nessa mostra atual, são apresentadas as obras desenvolvidas em telas diminutas, que foram agora instaladas numa única parede. Essa concentração das telas, segundo o Masp, foi deliberada e acentuada pelo vazio de outras superfícies, todas pintadas em azul.
“O gabinete é uma possibilidade azul de conviver, observar, analisar, sentir e refletir sobre as pinturas de pequeno formato. Um passeio poético e carinhoso por minha história, por meio de publicações cronológicas dos anos 1980 a 2020″, disse a artista sobre a nova exposição.
Duas outras obras de Beatriz Milhazes também podem ser vistas no local: Avenida Paulista (2020), feita especialmente para a exposição anterior e doada pela artista ao Masp, e a escultura Marola (2010-2015), um empréstimo de longa duração da artista ao museu.
Também será mantida, da exposição anterior, a vitrine com mais de 80 documentos relacionados aos 30 anos de carreira da artista, entre eles convites, folders, catálogos e livros.
A mostra recebeu o nome de Gabinete Beatriz Milhazes e fica em cartaz até o dia 1º de agosto. A curadoria é de Adriano Pedrosa, diretor artístico do Masp, e de Amanda Carneiro, curadora assistente do museu.
O Masp tem entrada gratuita todas as terças-feiras e, durante todo o mês de julho, também terá entrada gratuita às quartas-feiras. O agendamento para a exposição deve ser feito por meio do site masp.org.br/ingressos.
Além da mostrada dedicada ao trabalho de Beatriz Milhazes, o Masp tem exposição aberta com 119 obras da escultora Conceição dos Bugres, artista de origem indígena. Autodidata, Conceição dos Bugres produziu, ao longo de três décadas, muitas esculturas em madeira ou pedra. A exposição de Conceição dos Bugres pode ser vista no Masp até 30 de janeiro de 2022.