Capitã Cloroquina é vacinada contra covid. Pois é, o seguro morreu de velho. Ou, faça o que digo, não o que faço? Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde, conhecida como “Capitã Cloroquina”, foi vacinada contra a covid-19 Brasília.
Responsável pelo TrateCov, aplicativo do ministério que receitava cloroquina e outros medicamentos ineficazes para o tratamento precoce contra a covid-19, Mayra Pinheiro publicou uma foto em suas redes sociais em que segura um cartão de vacinação com seu nome e a identificação de que recebeu a primeira dose do imunizante da AstraZeneca/Oxford. “Devidamente vacinada contra a covid-19”, disse ela no post. No cartão, consta a data do último domingo, 13 de junho.
Convocada pela CPI da Covid no Senado para depor em maio, Mayra Pinheiro reforçou a defesa do tratamento precoce — bandeira amplamente defendida pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e por seus apoiadores.
Em Rio Claro, a maioria dos vereadores da Câmara Municipal defende o uso do chamado “Kit Covid”, como forma de promover um “tratamento precoce” (sic) contra a doença a partir de um coquetel de medicamentos, que inclui hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina.
“Pênis na porta”
Quando depôs na CPI da Covid no Senado, Mayra Pinheiro protagonizou um momento folclórico ao confirmar um áudio em que aparece falando contra a Fiocruz. Ela dizia que havia um “pênis na porta da Fiocruz” e tapetes com a figura de Che Guevara.
“Eles têm um pênis na porta da Fiocruz. Todos os tapetes das portas são a figura do Che Guevara, as salas são figurinhas do Lula Livre, Marielle Vive. É um órgão que tem um poder imenso, porque durante anos eles controlaram, através do movimento sanitarista, que foi todo construído pela esquerda, a saúde do país”, disse ela no áudio. Na CPI, ela reafirmou o que disse e acrescentou que era “uma constatação de um fato”.