A mobilização dos servidores municipais de Rio Claro nesta quinta-feira (24) põe em alerta o governo Gustavo Perissinotto, que propôs um reajuste salarial abaixo da inflação e se sente acuado pelo crescente descontentamento da categoria que, desde o início da pandemia há dois anos, está com os salários congelados.
Uma assembleia com início marcado para as 7 horas da manhã desta quinta-feira, no Departamento de Obras (Distrito Industrial), foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal (Sindmuni) para discussão do reajuste salarial.
Ao final da tarde, um protesto está sendo organizado por um grupo de servidores para acontecer em frente à prefeitura de Rio Claro, a partir das 17h45. Na sequência haverá uma reunião na Câmara Municipal, com vereadores, diretoria do Sindmuni e representantes do governo municipal.
O RC 8:32 apurou que terça-feira (22), já assombrado com a perspectiva de protestos e a possibilidade de greve, o prefeito esteve reunido com o secretário de Finanças, Carlos Gilberto Dias Fernandes, e com o novo secretário de Governo, Tu Reginato, que se afastou da presidência do Sindmuni em meio a Campanha Salarial do funcionalismo para assumir o cargo e ampliar a base de apoio político à reeleição de Gustavo Perissinotto em 2024.
Na pauta da reunião entre o prefeito e os secretários um único assunto: o convencimento do funcionalismo a aceitar um índice modesto de reajuste, de forma a não aumentar ainda mais o impacto financeiro após a criação de cinco novas secretarias municipais e 670 cargos de livre nomeação, muitos deles destinados à cooptar apoio de partidos políticos e recompensar vereadores alinhados ao governo.
