O Conselho Municipal de Saúde recomenda que novas medidas restritivas sejam adotadas de imediato pelo prefeito Gustavo Perissinotto (PSD). A recomendação se dá através de ofício em que o CMS enfatiza ao principal mandatário de Rio Claro que “nada justifica a perda de mais vidas, quando sabemos como evitar”.
Para o CMS, as medidas restritivas na fase emergencial do Plano São Paulo, somada ao período de maior restrição no município surtiram nítido efeito de reduzir a transmissão do novo coronavírus, internações e óbitos no município de Rio Claro, até meados de abril.
O CMS observa que, tomando como referência o pico da segunda onda da pandemia em 21 de março passado, após 41 dias com medidas de restrição houve uma significativa redução dos índices de novos casos (47%), internações (34%), ocupação de leitos em UTI (32%) e óbitos (73%).
Contudo, a exemplo do que ocorre no Brasil e no Estado de São Paulo, os números da pandemia voltaram a aumentar em Rio Claro.
Segundo o CMS, a média móvel de novos casos, internações, ocupação de UTI e óbitos registrada no último dia 15 superou a verificada no pico da segunda onda. Em apenas 14 dias, houve aumento de 90% no número de casos, 36% em internações, 24% em UTI e 29% de óbitos.
A tendência de aumento desses indicadores com média móvel (14 dias) acima de 15%, já persiste por 12 dias consecutivos, sem apresentar sinais de arrefecimento a curto prazo.
O aumento no número de casos reflete com o aumento proporcional no número de internações em prazo de 7 a 14 dias e de óbitos, entre 14 e 28 dias. O CMS diz que é plausível supor que haverá aumento no número de doentes que precisarão de internações e mais tardiamente, no número de óbitos.
“Embora a pandemia esteja ocorrendo há mais de um ano, não existe medida de contenção reconhecida cientificamente, exceto a vacinação e a adoção de medidas de distanciamento físico, higiene pessoal, restrição à circulação de pessoas. Ademais, a literatura científica demonstra que as duas medidas precisam ocorrer concomitantemente, caso contrário, a eficácia geral das vacinas pode diminuir” – destaca o CMS.