Oscar 2021: figurinos de época e fantasia lideram indicações

A premiação optou por valorizar a pesquisa histórica e a elaboração das peças, levando o espectador a voltar ao tempo.

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Mais uma vez o Oscar 2021 privilegiou os filmes de época e de fantasia para escolher os indicados a Melhor Figurino. Marcada para o dia 25 de abril, a 93ª edição da premiação optou por valorizar a pesquisa histórica e a elaboração das peças, levando o espectador a, como sempre, voltar ao tempo.

Filmes indicados a Melhor Figurino do Oscar 2021 (Fotos: Reprodução/Instagram).

“Emma”, “A Voz Suprema do Blues” e “Mank” são filmes que se passam em três épocas distintas. O primeiro, com a sensação do momento, a atriz Anya Taylor-Joy (da minissérie “O Gambito da Rainha”, Netflix), se passa nos anos 1800.

Dos anos 1920, vem a história e o figurino impecável de “A Voz Suprema do Blues”, com a perfeita Viola Davis no papel da cantora Ma Rainey. E “Mank”, entre os anos 1930 e 1940, época que respirava glamour do cinema americano.

A Voz Suprema do Blues (Foto: David Lee/Netflix/Divulgação).

Na fantasia, correm por fora, mas com grandes chances de ganhar “Mulan”, uma nova versão da animação de 1998, da Disney. E por fim, o simpático boneco de madeira mentiroso “Pinóquio”, no filme que traz Roberto Benigni como Geppetto. Confira alguns detalhes dos filmes.

Emma

Emma (Foto: Liam Daniel/Focus Features/Reprodução).

“Emma” foi escrito pela autora inglesa Jane Austen no início dos anos 1800, começo do século 19. Vivida por Anya Taylor-Joy, que não foi indicada como Melhor Atriz, a personagem é uma jovem bem-intencionada, mas egoísta, cujo passatempo predileto é se intrometer na vida amorosa de seus amigos.

Figurinos de Emma (Foto: Divulgação).

A história já teve várias versões no cinema e TV, incluindo “As Patricinhas de Beverly Hills”.

Foto: Divulgação.

No filme, a luz e a atmosfera vêm em tons adocicados, que se estendem para as roupas. O figurino de época leva a assinatura de Alexandra Byrne, vencedora do Oscar por “Elizabeth: A Era de Ouro” (2007).

A Voz Suprema do Blues

A Voz Suprema do Blues (Foto: David Lee/Netflix/Divulgação).

O figurino dos anos 1920, quando as mulheres já não eram presas a espartilhos nem a roupas que deviam cobrir os pés, é trabalhado magnificamente no filme estrelado por Viola Davis, indicada como Melhor Atriz merecidamente.

A Voz Suprema do Blues (Foto: David Lee/Netflix/Divulgação).

Os vestidos usados pela cantora, que realmente existiu e é considerada “mãe do blues”, complementam a atmosfera do filme de forma irrepreensível. O figurino é assinado por Ann Roth, de 89 anos.

A Voz Suprema do Blues (Foto: David Lee/Netflix/Divulgação).

O filme é adaptado de uma peça de teatro que retrata a irascível Ma Rainey durante a gravação de uma música, quando aumentam as tensões entre a cantora e seu ambicioso trompetista, vivido por Chadwick Boseman, em seu último trabalho antes de morrer.

Mank

Mank (Foto: Netflix/Divulgação).

“Mank” retrata o roteirista Herman J. Mankiewicz, durante seu processo de criação do filme “Cidadão Kane”, filme de estreia de Orson Welles, que tinha então 25 anos. A história se passa entre os anos 1930 e começo dos anos 1940.

Mank (Foto: Netflix/Divulgação).

Dirigido por David Fincher e estrelado por Gary Oldman, Amanda Seyfried e Lily Collins, o filme tem como figurinista Trish Summerville, que teve sua primeira indicação ao Oscar.

Mank (Foto: Netflix/Divulgação).

Em preto e branco, o filme, que teve 10 indicações ao Oscar 2021, mostra tanto o roteirista com suas roupas relaxadas, ternos largos com paletó aberto, até a sofisticação de vestidos, com peles e brilhos da personagem Marion Davies, uma atriz vivida por Amanda Seyfriend, e as roupas mais comportadas da secretária Rita Alexander (Lily Colins).

Mulan

Mulan (Foto: Jasin Boland/Disney/Divulgação).

A versão atual de Mulan, cujo desenho foi sucesso absoluto de bilheteria no fim dos anos 1990, traz a adaptação com pessoas de carne e osso, da lenda chinesa de uma menina que vira guerreira, se veste de homem, para salvar o Império Chinês e honrar sua família.

Mulan (Foto: Jasin Boland/Disney/Divulgação).

Com a cor vermelha dominando as cenas do filme e uniformes de lutadores, o figurino vem para enaltecer o papel da heroína, tão em alta atualmente. O primeiro texto escrito sobre a lenda remonta às dinastias do norte da China, entre 386 e 581 d.C.

Mulan (Foto: Jasin Boland/Disney/Divulgação).

A protagonista é vivida pela atriz chinesa Yifei Liu e o figurino é assinado por Bina Daigeler. O filme é dirigido pela australiana Niki Caro.

Pinóquio

Pinóquio (Foto: Divulgação).

Roberto Benigni vive Gepetto, artesão que esculpe Pinóquio. Muito marrom e a indefectível roupa vermelha do boneco de madeira que vira menino e vê seu nariz crescer quando mente dominam o figurino, que resgata a época original em que foi lançada a história, há 140 anos.

Pinóquio (Foto: Divulgação).

Para além da versão adocicada do desenho da Disney dos anos 1940, o filme mostra a pobreza da zona rural da Toscana no século 19, acentuada com inverno rigoroso e escassez de comida. O figurino é assinado por Massimo Cantini Parrini e o protagonista é vivido pelo garoto Federico Ielapi.

Pinóquio (Foto: Divulgação).

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