Tapar buracos é café pequeno para o prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), que já disse dispor de R$ 125 milhões para lançar um programa de zeladoria destinado a recapear, asfaltar e iluminar toda a cidade de Rio Claro.
Do total de recursos que o prefeito diz possuir, R$ 75 milhões correspondem ao valor do empréstimo contraído junto ao Banco do Brasil a partir de aprovação da Câmara Municipal e que – é claro – será pago anos a fio com o dinheiro do contribuinte rio-clarense.
Para se ter uma ideia, o pagamento do famigerado empréstimo “Cyborg” de US$ 10 milhões – contratado em 1984 pelo ex-prefeito Lincoln Magalhães – foi concluído há cerca de dois anos pelo ex-prefeito Juninho da Padaria, que ao assumir em 2017 encontrou a prefeitura com o nome sujo e teve que correr atrás da Certidão Negativa de Débitos Tributários para que Rio Claro voltasse a receber recursos.
Além do empréstimo, Gustavo diz contar com repasses do Governo do Estado e verbas oriundas de emendas parlamentares. “Já temos recursos que chegam a R$ 125 milhões…o maior volume da história de Rio Claro” – anunciou em entrevista no dia 26 de janeiro à rádio Jovem Pan News.
Com toda essa dinheirama em mãos, tapar buracos, recapear e asfaltar vias públicas ficou bem mais fácil para o novo secretário de Obras do governo Gustavo, virou café pequeno!
Tanto dinheiro em mãos também atiça os vereadores que endividaram ainda mais a Cidade Azul. Cobram agilidade na realização dos serviços, na certeza de que serão executados para se apresentarem como responsáveis pelo trabalho realizado – frisa-se uma vez mais – com o dinheiro do contribuinte.
O rio-clarense consciente, que começa a receber seu carnê de IPTU e que já paga tantos tributos, não cai nessa esparrela. Tapar buracos, recapear e asfaltar vias públicas não é nenhum favor. É uma obrigação, principalmente, quando se tem tanto dinheiro à disposição.
Afinal, aplaudir serviços realizados a partir de endividamento da cidade é o mesmo que bater palmas para o caixa eletrônico, após um saque que deixará sua conta no vermelho e o tornará refém dos juros do cheque especial.