Os políticos de Rio Claro ganham até dez vezes mais que a renda média da população rio-clarense e que é de R$ 1.801,52, segundo estudo realizado pela FGV Social, da Fundação Getúlio Vargas, com base dados de rendimentos declarados no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) divididos pelo total do número de habitantes do município.
Intitulado “onde estão os mais ricos no Brasil?”, o estudo coloca Rio Claro em 93º lugar entre os 100 municípios com maior renda per capita do país. Clique AQUI e confira o ranking completo.
Eleito em 2020 para comandar o destino de mais de 209 mil rio-clarenses, o prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) passou a receber a partir da posse em 1º de janeiro de 2021 um salário de R$ 19.226,48. Esse valor corresponde a 10,6 vezes a renda média da população segundo o estudo da FGV. Já a remuneração do vice-prefeito Rogério Guedes (PSL) é de R$ 13.458,53, o que representa 7,4 vezes a renda per capita.
Para efeito de comparação no Estado de São Paulo, ambos recebem valores superiores, por exemplo, ao prefeito Edinho Araújo (MDB) e ao vice Orlando Bolçone (DEM) de São José do Rio Preto, município paulista com quase 470 mil habitantes e que tem uma Câmara Municipal com 17 vereadores, dois a menos que a de Rio Claro.
Edinho tem um salário de R$ 17,1 mil, enquanto Bolçone recebe R$ 8,5 mil. Os vereadores rio-pretenses têm salário de R$ 5,9 mil; ou seja, ganham R$ 2,3 mil a menos em relação aos 19 vereadores de Rio Claro, que têm salário de R$ 8,2 mil e que corresponde a 4,5 vezes a renda per capita do rio-clarense.
Observe-se que o subsídio correspondente ao cargo de vice-prefeito de Rio Preto chega a ser inferior aos salários dos 53 servidores comissionados, previstos pela reforma administrativa da Câmara de Rio Claro, conforme o RC 8:32 mostrou.
Os R$ 19,2 mil recebidos por Gustavo Perissinotto fazem com que esteja no mesmo patamar de remuneração do prefeito de Porto Alegre (RS), Sebastião Melo (MDB), que recebe R$ 19,4 mil.
Vale lembrar ainda que o salário do chefe de Executivo rio-clarense é superior ao de prefeito de outras seis capitais brasileiras: Manaus (AM), Vitória (ES), Belém (PA), Boa Vista (RR), Teresina (PI) e Rio Branco (AC).
