Em meio a situação dramática vivida na saúde e ao cenário de terra arrasada na economia em virtude da pandemia, o prefeito de Rio Claro Gustavo Perissinotto (PSD) formaliza a primeira medida que resultará no encaminhamento à aprovação da Câmara Municipal de um projeto de reforma administrativa para a criação de novos cargos comissionados na Prefeitura.
Para tanto, ele criou junto ao seu gabinete um grupo de trabalho que, sob a presidência do secretário municipal dos Negócios Jurídicos José Renato Martins, promoverá estudos referentes à reforma, conforme determina a portaria nº 17.649, de 11 março de 2021. Também integram esse grupo os secretários Luis Rogério Marchetti (Administração) e Carlos Alberto Dias Fernandez (Economia), além de Alessander Kemp Marrich, da Procuradoria Geral do Município.
Ano passado, na condição de candidato a prefeito pela oposição e contando com o apoio de vereadores aliados, Perissinotto tramou dos bastidores a derrubada pela Câmara dos projetos de reforma administrativa enviados pelo então prefeito Juninho (DEM). A aprovação seria necessária para regularizar cargos julgados ilegais pelo Tribunal de Justiça e que foram criados em dezembro de 2014 sob o crivo do próprio Perissinotto, que foi secretário dos Negócios Jurídicos no governo Du Altimari (MDB)/Olga Salomão (PT), de 2009 a 2016. Sem a aprovação, Juninho se viu obrigado a cumprir decisão judicial que ordenava a extinção dos cargos e exoneração de seus ocupantes.
Após conseguir seu intento, Perissinotto começou a modular sua posição sobre o assunto. A duas semanas da eleição de 15 de novembro, quando despontava como favorito nas pesquisas, assinou, mas com ressalvas, uma carta-compromisso elaborada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Rio Claro, que preconizava entre outras coisas o combate a abusiva criação de cargos de livre nomeação, ao nepotismo e a qualquer tipo de favorecimento.
Depois da posse como prefeito, veio o cavalo de pau em relação aos cargos. Logo em suas primeiras declarações, Perissinotto disse ser difícil governar sem um número “razoável” de auxiliares no segundo e terceiro escalões de governo. Agora, ao iniciar o processo para a criação de dezenas de cargos de direção, assessoria e gerência na máquina administrativa, Gustavo espera também poder honrar compromissos de campanha e satisfazer o apetite de vereadores, que usam os cargos como moeda de troca para garantir o apoio ao Executivo.
Bom dia, parte da notícia é verdade, mas como um todo a informação é seletiva como a velha mídia sempre faz. Sou capaz de encontrar numa pesquisa rápida quatro ou cinco vídeos ainda da campanha, portanto antes da eleição, o hoje prefeito Gustavo, afirmando a necessidade de cargos comissionados pra administrar a cidade. Curioso como vocês não viram. A outra constatação que chego é que vocês já conhecem a reforma e por isso falam de cavalo de pau! Porque na carta o compromisso era de combate a corrupção e criação “abusiva” de cargos. Pelo jeito este veículo já começou viciado, ou já quer morder alguma coisa como tantos outros faziam.
Você não era assessor do Agnelo? Que feio, escrevendo em defesa própria…
Hahahaha!