Em 2019 os vereadores Rafael Andreeta e Carol Gomes estiveram juntos contra o empréstimo pretendido pelo então prefeito Juninho, para a execução de serviços de asfalto e recapeamento e demais obras de infraestrutura para Rio Claro.
Agora, desde a entrada na Câmara Municipal na última segunda-feira (20) de projeto com pedido de empréstimo de até R$ 75 milhões encaminhado pelo prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), cresce a expectativa para saber se os vereadores irão manter o posicionamento contrário ou, se desta vez, se deixarão seduzir pelos argumentos do Executivo.
Há dois anos, Rafael Andreeta (PTB) puxou o coro contrário ao financiamento solicitado por Juninho. “Não posso dar um cheque de R$ 60 milhões ao prefeito e não posso ser fiador desse endividamento ao município” – afirmou.
Já a vereadora Carol Gomes (Cidadania) – então no PSDB – se disse indignada com o fato de o DAAE abrir mão de cobrar dívidas de grandes empresas que somariam R$ 16 milhões e que existiam outras maneiras para o prefeito poder investir corretamente. E completou: “Deixar uma dívida para nossa cidade pagar é extremamente irresponsável”.
Ainda no PTB, o atual presidente da Câmara Municipal José Pereira (PSD) rebateu uma fala de Juninho que dizia depender da concordância da Câmara para poder realizar o asfaltamento em vários bairros. “Não pode dizer que se não tem asfalto é culpa da Câmara, a culpa é dele, não nossa” – revidou Pereirinha à época.
Outros também se manifestaram contrários. É o caso do ex-vereador Anderson Christofoletti e atual secretário municipal de Governo, que apontou eventuais ilegalidades em questões constitucionais.
O então vereador e hoje secretário municipal de Esportes e Turismo, Yves Carbinatti, engrossou o coro contra o empréstimo dizendo que 15% da verba recebida do Fundo de Participação do Município estaria comprometida com dívidas e que com o empréstimo, a Prefeitura chegaria a mais de 17% de endividamento.
Gustavo Perissinotto encaminhou o Projeto de Lei 193/2021, pelo qual solicita autorização para contrair o empréstimo de R$ 75 milhões, com pedido de tramitação em regime de urgência. Com isso, a Câmara Municipal deverá analisar e votar o projeto em plenário em um prazo de 45 dias.
