Rio Claro antes e depois da invasão de Brasília

Com o sentimento latente de insurreição, o antipetismo tende a recrudescer, especialmente em cidades com perfil eleitoral mais conservador, como Rio Claro.

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Se antes Rio Claro já era reconhecida como uma das cidades mais conservadoras da região, depois da invasão de Brasília a tendência é a de que esse perfil predominante em seu eleitorado fique ainda mais forte e consolidado, influenciando de forma determinante a definição do cenário político para a sucessão municipal.

Não…O rio-clarense não apoia vandalismo, depredação e – muito menos – terrorismo. Pelo contrário, tem ojeriza de violência, invasão, baderna e desordem.

O que o rio-clarense não consegue digerir, a exemplo de milhões de outros brasileiros em todo o território nacional, é o fato do país passar a ser governado por um ex-presidiário, condenado em todas as instâncias da Justiça por comandar o maior esquema de corrupção já revelado no mundo.

É este o combustível que alimenta o inconformismo e indignação da maioria da população brasileira e que, até por falta de outras opções, tem no bolsonarismo radical um elemento catalisador a impulsionar manifestações, que irão se retroalimentar à medida em que forem reprimidas, por vezes, ao arrepio da Lei e da própria Constituição.

Marco Aurélio Mello, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, foi suscinto e direto ao ponto ao afirmar que o Estado brasileiro tem culpa na invasão, nos atos de vandalismo e depredação do patrimônio público registrados domingo (08), em Brasília.

“Falhou todo mundo, e começou a falha no próprio STF, quando ressuscitaram politicamente o ex-presidente Lula, dando o dito pelo não dito, quando enterraram a ‘lava jato’, quando declararam a suspeição do Sergio Moro, que veio a ser resgatado politicamente pelo estado do Paraná. O que começa errado, nós aprendemos quando garotos, não acaba bem” – Clique AQUI.

Vale lembrar que para ser descondenado, o presidente ex-presidiário alegou que foi vítima de “lawfare”, termo que designa o uso ou manipulação das leis e procedimentos legais como arma para alcançar um fim político-social, um tipo de assédio judicial que tem como objetivo calar o adversário ou minar a sua credibilidade perante à sociedade.

Este mesmo conceito de “lawfare” agora tende a ser invocado em favor daqueles que, por exemplo, estão sendo tachados indistintamente como “terroristas”. Ou por tantos outros que se sentirem cerceados ou censurados por uma escalada repressora que extrapole os limites do estado democrático de direito, da liberdade de expressão e de manifestação.

Neste ambiente conflagrado, a polarização deverá continuar movida de um lado pela caterva petista a bradar “Sem Anistia”, de outro pela turba bolsonarista que defende o enfrentamento “Sem Trégua” à sanha hegemonista do governo Lula, cuja primeira semana de gestão teve um índice de reprovação de 38,8% – clique AQUI.

Pelo cenário exposto, o sentimento latente de insurreição presente na chamada maioria silenciosa neste começo de 2023 provavelmente irá perpassar todo o governo Lula. Com isso, o antipetismo tende a recrudescer, especialmente em cidades com perfil eleitoral mais conservador, como Rio Claro.

E é a este movimento, que tanto o prefeito Gustavo Perissinotto quanto os seus eventuais adversários deverão estar atentos, pois de sua compreensão e assimilação dependerá, em grande parte, o sucesso nas urnas em 2024.

Leia mais sobre a política de Rio Claro e Região no RC 8:32.

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