Secretária de Saúde confirma variante P1 em RC. A pergunta que não quer calar: desde quando?

Vereadores tiveram a oportunidade de questionar a secretária de Saúde, mas se omitem. Assim, a pergunta que precisa ser oficialmente esclarecida à população fica sem resposta: desde quando a variante P1 circula em Rio Claro?

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Em boletim encaminhado pela Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal, a secretária de Saúde de Rio Claro, Giulia Puttomatti, esteve reunida com os vereadores na tarde desta quarta-feira (24), no Plenário, para falar sobre a situação do município no combate à pandemia. Giulia assumiu a direção da Fundação Municipal da Saúde no dia 18 de março.

Segundo a nota, a secretária trouxe informações das ações que estão sendo tomadas e afirmou que não existe espera de pacientes nos corredores das unidades e que todos estão sendo atendidos. Em relação ao oxigênio, Giulia disse que o município possui uma reserva de 60 cilindros e que planos e estudos já estão sendo realizados para garantir que não falte oxigênio para a população.

Outro assunto debatido foram os EPIs – equipamentos de proteção individual. No momento, existe um alto consumo desses materiais. “Precisamos elaborar estratégias para a aquisição de equipamentos, pois, devido à demanda, houve um aumento em cerca de 40% nos custos para aquisição”, afirmou.

Sobre a necessidade dos pacientes serem entubados, a secretária disse que no início de março, a média era de três procedimentos por dia e que, hoje, a média é de nove.

Na nota a secretária afirma que a nova cepa, ou seja, a variante P1, está circulando na cidade. “Outro agravante foi que a nova cepa trouxe novas demandas, como as complicações renais, o que faz com que os pacientes, além de entubação, necessitem de hemodiálise”, contou.

Acontece que há quase um mês já existia a suspeita da circulação da nova variante em Rio Claro. Na manhã do dia 20 de fevereiro, um sábado, a prefeitura divulgou uma nota revelando a investigação de um possível caso de infecção pela variante P.1 de Manaus – clique AQUI. Devido à importância e a gravidade do caso, a nota ganhou repercussão regional pelo portal G1 da EPTV/São Carlos – clique AQUI. No dia 18 de março a reportagem do RC 8:32 alertou sobre o problema e a falta de informação a respeito – clique AQUI.

Àquela altura, Rio Claro somava 36 novas mortes neste ano e totalizava 200 óbitos desde o início da pandemia. Até agora, 32 dias e 76 mortes depois, ainda não se tem uma posição da Secretaria Municipal de Saúde sobre o caso investigado. Ou se existe não foi oficialmente divulgada.

A pergunta que precisa ser respondida é: desde quando? Seria muito esperar que algum vereador da Câmara Municipal pudesse exigir os esclarecimentos necessários.

Vale lembrar que um dia antes, em 19 de fevereiro, Araras já havia confirmado que a variante P.1 estava em circulação naquela cidade, fazendo com que o prefeito Pedrinho Eliseu, de imediato, decretasse toque de recolher e regras mais rígidas na quarentena – clique AQUI.

A secretária também informou que no próximo domingo, 28 de março, acontecerá um concurso público para a contratação de médicos, enfermeiros e demais profissionais da área da saúde.

Sobre as medidas adotadas para os atendimentos a outros casos de doenças e enfermidades, ela disse: “a rede de Saúde tem que estar aberta para atender a população, por isso as USFs (Unidade de Saúde da Família) e UBS’s (Unidade Básica de Saúde) contam com a presença de médicos que continuam fazendo os atendimentos”, disse ao confirmar que as unidades estão abertas.

Por fim, a nota informa que a Fundação de Saúde, nos próximos dias, dará início a uma campanha de conscientização com uso de carro de som sobre a importância da adoção dos protocolos de prevenção e higiene.

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