Série A1: Federação suspende rodada do Campeonato Paulista e adia decisão de ir à Justiça

Estado vive fase emergencial por alta de casos e mortes por Covid-19.

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A quinta rodada do Campeonato Paulista, prevista para o fim de semana, está adiada. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (18) pela Federação Paulista de Futebol (FPF) em nota divulgada após uma reunião virtual da entidade com representantes dos clubes da Série A1 (primeira divisão) e dos sindicatos dos Atletas, dos Árbitros e dos Treinadores.

São Paulo está na Fase Emergencial no combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19) desde a última segunda-feira (15). Entre as restrições determinadas pelo governo paulista, atendendo a uma recomendação do Ministério Público Estadual, está a suspensão de eventos esportivos coletivos.

A FPF contestou a decisão e se reuniu com o poder público e o MP, apresentando um protocolo sanitário mais rigoroso, mas não teve êxito na tentativa de manter a realização dos jogos durante os 15 dias de vigência da fase.

Na última terça-feira (16), federação e clubes informaram que não descartavam acionar a Justiça para garantir a manutenção do calendário, alegando “falta de argumentos científicos e médicos” que sustentem a paralisação. Segundo o comunicado desta quinta, porém, foi decidido “não ingressar neste momento com Mandado de Segurança”.

A FPF vem tentando levar as partidas para fora de São Paulo e chegou a marcar o duelo entre São Bento e Palmeiras – que seria disputado na última quarta-feira (17) – para o estádio Independência, em Belo Horizonte. O governo mineiro, porém, proibiu a realização de eventos de outros locais e o embate foi suspenso. Conforme a nota, a FPF “permanece em contato com autoridades estaduais, municipais, federações e CBF [Confederação Brasileira de Futebol] para tentar viabilizar a realização dos jogos da próxima semana”.

Nesta quinta-feira, a prefeitura da cidade de São Paulo confirmou a primeira morte de uma pessoa com Covid-19 (um jovem de 22 anos, que tinha obesidade e apresentava desconforto respiratório) que não conseguiu ser atendida por falta de vagas em unidades de terapia intensiva (UTIs).

Só na capital, de acordo com o secretario estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, 88% dos leitos estão ocupados. No estado, nove em cada dez vagas de UTI estão sendo utilizadas em decorrência da pandemia.

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