A capa da edição da revista britânica The Economist publicada nesta quinta-feira, dia 3, traz a imagem da estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro recebendo oxigênio e o título: “Brazil’s dismal decade“, que se traduz por “A década sombria do Brasil”.
Jã no relatõrio especial, com sete reportagens em 11 páginas, traz praticamente a mesma imagem, mas com a seguinte manchete “On the brink” (“Na beira”).
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A revista afirma no texto que “o Brasil enfrenta sua pior crise desde a redemocratização em 1985”. Lista como desafios a serem superados a “estagnação econômica, ruína ambiental, regressão social e o pesadelo da Covid-19”.
O presidente Jair Bolsonaro é retratado como responsável por ter piorado um quadro que era desfavorável antes mesmo da pandemia. “Com Bolsonaro como seu médico, o país está agora em coma”.
“Será difícil mudar o curso do Brasil enquanto Bolsonaro for presidente. A prioridade mais urgente é votar para retirá-lo do poder.”
A revista não sugere qual candidato seria o mais indicado para governar o Brasil.
A publicação afirma que o Brasil já enfrentava uma “década de desastres” antes mesmo da chega do presidente ao poder, mas que agora o país está retrocedendo, com Bolsonaro e com a pandemia de Covid-19.
“Antes da pandemia, o Brasil sofria de uma década de problemas políticos e econômicos. Com Bolsonaro como médico, o Brasil agora está em coma.”
O relatório traz também análises sobre corrupção e crime, Amazônia, reformas políticas e eleitores evangélicos. Para assinantes é possível ler na íntegra a reportagem especial sobre o país clicando AQUI.
Brasil foi capa em outras edições da The Economist
A revista, fundada em 1843, costuma usar a imagem do Cristo Redentor nas capas da revista como analogia para a sua opinião sobre o país. Em 2009, no governo Lula, a revista publicou a capa “Brazil takes off” (“O Brasil decola”). A imagem do Cristo Redentor transformado em foguete fazia alusão ao crescimento do país apesar da crise global.
Já em 2013, no governo Dilma, a revista fez nova capa com o Cristo na forma de foguete, desta vez descontrolado e caindo. O título: “Has Brazil blown it?” (“O Brasil estragou tudo?”).
E em 2016, a estátua no Rio aparecia com um cartaz de SOS. O título era: “The betrayal of Brazil” (“A traição do Brasil”).