O Theatro São Pedro abre a temporada lírica com duas óperas de Giovanni Battista Pergolesi: La Serva Padrona e Livietta e Tracollo. As récitas acontecem nos dias 17, 18, 19 de março, às 20 horas, e no domingo, dia 20, às 17 horas. Os ingressos custam de R$ 80 (inteira) a R$ 15 (meia).
A montagem terá direção musical do especialista em música antiga, Luis Otavio Santos, que comanda a Orquestra do Theatro São Pedro, direção cênica de Mauro Wrona, Duda Arruk assina o cenário, Mirella Brandi a iluminação, Paula Gascon, o figurino e Tiça Camargo o visagismo. O elenco é formado por Johnny França, (Uberto/Tracollo), Marília Vargas (Serpina/Livietta), Felipe Venâncio (Vespone/Facenda) e Naomy Schölling, papel mudo (Fulvia).
La Serva Padrona, de Giovanni Battista Pergolesi, com libreto de Gennaro Federico, inspirado em uma comédia de Jacopo Angello Nelli, estreou em 28 de agosto de 1733, no Teatro di San Bartolomeo em Nápoles. Já Livietta e Tracollo, com libreto de Tommaso Mariani, estreou no ano seguinte em 25 de outubro de 1734, no mesmo teatro napolitano.
O Theatro São Pedro abre a temporada lírica com duas óperas de Giovanni Battista Pergolesi. As duas obras surgiram na história da ópera como dois intermezzi, que eram óperas curtas e divertidas inseridas no meio dos atos de óperas mais sérias. “Esse gênero de intermezzi buffo, cômico, foi uma revolução na história da ópera. Ele deu espaço para uma temática mais urbana, um contexto mais dramático e cotidiano, que falava da rotina das pessoas com uma linguagem mais coloquial e menos empolada, menos cheia de metáforas e figuras de linguagem”, destaca o diretor musical Luis Otavio Santos.
Por serem dois títulos barrocos, o especialista em música antiga, Luis Otavio Santos conta que é importante encontrar a interpretação correta desse ponto de vista histórico. “Muitas novidades, novas nuances e ideias musicais surgem a partir dessa visão, desse contexto em que ela foi criada”, afirma o maestro. “É importante provocar uma conscientização da orquestra e dos cantores sobre o estilo barroco, que precisa de uma forma de interpretação característica para ficar bonita e valorizada em cena”, completa.
Mauro Wrona responsável pela direção cênica conta que na sua concepção: “La Serva Padrona é como uma comédia napolitana, ela se passa em Nápoles, com o Vesúvio ao fundo”. O diretor cênico explica que: “La Serva Padrona trata de uma questão igualitária e social. Naquela época, as ideias iluministas já começavam a pregar um pouco a igualdade. Então, nesse caso, vemos a Serva que queria virar patroa, revoltada com essa questão de serva. La Serva Padrona é uma história de uma comédia doméstica que fala de poder, dinheiro, mudança de classe, sedução. Já em Livietta e Tracollo podemos pensar em como o amor muda as coisas, já que o ladrão deixa de ser bandido quando se apaixona e decide casar, é uma narrativa mais caricata. O figurino e a maquiagem são bem diferentes de uma para a outra. Então, na primeira, temos uma comédia de costumes, doméstica. Na segunda, algo mais próximo a um desenho animado, mais divertido, popular e inconsequente”, completa.
Transmissão ao vivo
Para democratizar o acesso, a récita de domingo, dia 20, às 17 horas, terá transmissão gratuita do espetáculo pelo canal de YouTube do Theatro São Pedro: youtube.com/TheatroSaoPedroTSP
Bilheteria
Não haverá venda de ingressos na bilheteria do Theatro São Pedro. Os ingressos para todos os espetáculos devem ser adquiridos exclusivamente pelo site: theatrosaopedro.byinti.com/