Rafael Andreeta (PTB), o vereador-bomba, ameaça implodir a Câmara de Rio Claro ao reagir a uma enxurrada de críticas que passou a receber nas redes sociais, após ter aumentado a R$ 8,99 o preço do litro da gasolina vendida em seu posto de combustível, por ocasião da paralisação momentânea de um grupo de caminhoneiros em apoio ao presidente Bolsonaro e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em entrevista à rádio Excelsior Jovem Pan na manhã de sexta-feira (10), dizendo-se vítima de um ataque político, Rafael usou a maior parte do tempo para disparar contra vereadores e funcionários, que apontou como responsáveis pela propagação das postagens.
A lavação de roupa suja em público e de forma explícita, acontece no momento em que a Câmara Municipal de Rio Claro – a mais cara da região – se vê sob pressão do Ministério Público que, entre outras eventuais irregularidades, investiga um suposto esquema de rachadinha sob apuração do GAECO.
Um dos primeiros a ser alvejado foi Vanderlei Aparecido Costa – conhecido no cenário esportivo de Rio Claro como “Pirulito” – motorista da Câmara Municipal, a quem Andreeta destacou pelo vínculo com o vereador Júlio Lopes (PP) e com o PP, presidido pelo empresário Ronald Penteado.
Na sequência, Rafael Andreeta dirigiu sua artilharia para o vice-presidente da Câmara, Hernani Leonhardt (MDB), que, segundo ele, estaria espalhando fake news e que teria usado de influência política para indicar a própria esposa – Rebeca Rodrigues – para o comando do Procon de Rio Claro.
Vale lembrar que em novembro do ano passado, Rafael já havia denunciado que a servidora Deborah Regina da Silva Pereira, que é efetiva desde 2012 como oficial administrativa na biblioteca do Legislativo, teve um período como ‘fantasma’. Disse que ela não apareceu para trabalhar em determinado período e que receberia salário acima do teto constitucional de cerca de R$ 20 mil mensais. Deborah é casada com o presidente da Câmara Municipal José Pereira (PSD), o Pereirinha.
A metralhadora giratória de Rafael também voltou a atingir o vereador Vagner Baungartner (PSDB), que no início do mês foi chamado por ele de “mentiroso e sem caráter”. Além de vereadores e funcionários, também foram alvos escolhidos por Andreeta o ex-prefeito Juninho e o sindicalista César Borgi.