A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) divulgou balanço do primeiro dia de greve dos professores da rede estadual de ensino iniciada na segunda-feira (8). De acordo com a entidade, o movimento teve 15% de adesão com expectativa de aumentar a participação nos próximos dias. “O movimento deve crescer a partir desta terça-feira (9), considerando que o primeiro dia teve um caráter organizativo”, diz nota divulgada pelo sindicato.
Ainda segundo a Apeoesp, a paralisação também serviu para mostrar o baixo índice de presença de estudantes nas escolas. “Este primeiro dia de greve evidenciou também a baixíssima presença de estudantes, em torno de 5%, muito abaixo do percentual de 30% pretendido pelo governo. Isto mostra que a sociedade está consciente dos riscos da reabertura das escolas neste contexto de grave pandemia”, destaca a entidade sindical.
A Apeoesp defende que as escolas estaduais não estão preparadas para retomar as atividades, pois mesmo sem a presença dos alunos, registra casos de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19). O sindicato reforça pedido aos professores para que não compareçam ao trabalho presencial e realizem aulas remotas.
Em Rio Claro, segundo a Apeoesp local, as escolas continuam fechadas. Somente os professores frequentam as unidades de ensino para fazer planejamento e outras atividades. Os alunos continuam com ensino remoto, já que o retorno às aulas presenciais foi proibido pela prefeitura por meio de decreto municipal publicado na sexta-feira (5).
A greve dos professores estaduais será discutida em assembleia programada para esta quarta-feira (10), a partir das 14 horas. A atividade será realizada de forma virtual com acesso pelo link.
Rede municipal
As escolas da rede municipal de ensino também continuam sem aulas presenciais, suspensas no ano passado. Conforme divulgado pela prefeitura, “o ano letivo nas escolas municipais será iniciado no próximo dia 22, ainda com aulas remotas”. Não há previsão para o retorno das aulas presenciais.
Rede particular
Na rede particular de ensino, as escolas iniciaram o ano letivo após meses de paralisação. A prefeitura libertou a volta às aulas presenciais desde que seja respeitada a regra de 35% do número de alunos matriculados e sejam cumpridos os demais protocolos sanitários de prevenção à Covid-19. A autorização é válida para unidades educacionais de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Para o ensino superior, a liberação só ocorrerá com o município na fase amarela do Plano São Paulo.
