Revolta de bolsonaristas rio-clarenses contra acordo que prioriza Limeira nas eleições municipais, desconsidera que o principal beneficiado é o PL e, por consequência e extensão, o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, caso volte a disputar a presidência da República em 2026.
A explicação é simples e os números não deixam margem à dúvida. Enquanto a cidade de Limeira possui um colégio eleitoral formado por mais de 230 mil eleitores, na Cidade Azul o total de munícipes aptos a votar atinge um contingente de 156 mil rio-clarenses.
Assim, tendo Limeira quase 50% a mais do que o total de eleitores de Rio Claro, nada mais natural que seja priorizada na definição de acordos e composições político-partidárias que permitam ao Partido Liberal conquistar bases eleitorais estratégicas, conforme meta traçada por seu presidente nacional Valdemar Costa Neto que ambiciona eleger ao menos mil prefeitos em todo do país.
Apesar disso, através de vídeos postados em grupos de WhatsApp bolsonaristas rio-clarenses protestaram contra o possível acordo, que estaria sendo negociado a partir de articulações envolvendo lideranças do PL e o secretário estadual de governo e o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
Vale observar que os atuais prefeitos de Rio Claro (Gustavo Perissinotto) e de Limeira (Mário Botion) são do PSD e seus respectivos vices, Rogério Guedes e Érika Tank, são do PL.
Conforme o RC 8:32 mostrou, pelo acordo que estaria em negociação, em Limeira o PSD daria seu apoio a um candidato do PL que, em troca, abriria mão de lançar candidato em Rio Claro para apoiar a reeleição do prefeito Gustavo, o que obrigaria Rogério Guedes a permanecer como vice ou a procurar outro partido, caso mantenha disposição em disputar a prefeitura – clique AQUI.
O envolvimento de Kassab, do deputado federal Miguel Lombardi (PL) e demais lideranças do PL na articulação desse possível acordo foi aventado em notas da coluna Farol, do Jornal Cidade, no último domingo (23) – confira abaixo.