A Câmara de Rio Claro terá 53 servidores comissionados (de livre nomeação) com salários em torno de R$ 9 mil, conforme proposta de reforma administrativa apresentada pela Mesa Diretora e que será votada em primeira discussão na sessão ordinária de segunda-feira (06), quando também entra em votação a criação de 670 cargos na prefeitura anunciada pelo prefeito Gustavo Perissinotto (PSD).
A nova estrutura organizacional da Câmara, definida pelo Projeto de Lei Complementar 224/2021, atende a recomendação do Ministério Público feita em agosto ao eliminar um assessor por gabinete. Mas em compensação cria 11 novos cargos de Assessor de Apoio Legislativo com salário de R$ 8.513,66.
Além desse pessoal de apoio, os vereadores contarão com outros 20 cargos de assessor legislativo nível II, também com salário de R$ 8.513,66. E mais 20 cargos de assessor legislativo nível I com salário de R$ 9.311,89, que é o mesmo valor pago para os cargos de Diretor Geral e Diretor de Comunicação Social.
Criado na legislatura passada pelo então presidente André Godoy, o cargo de Ouvidor Parlamentar seguirá sendo exercido por um vereador e sem qualquer remuneração a mais.
Há de se destacar que a remuneração dos assessores legislativos (nível I e II) da Câmara de Rio Claro é maior que o subsídio pago aos seus 19 vereadores, que corresponde a R$ 8.201,11. Também é maior quando comparado a outras câmaras da região.
Em Piracicaba, por exemplo, à exceção do cargo de assessor especial da presidência com salário de R$ 8.390,54, os demais assessores parlamentares recebem R$ 5.061,84 e R$ 6.832,41 (chefe de gabinete).
Como o RC 8:32 já mostrou, a Câmara de Rio Claro gasta mais de R$ 143 por rio-clarense para cobrir as suas despesas, o que em termos de gasto per capita corresponde ao dobro da Câmara de Limeira.
