Com Kassab e descondenados, Gustavo se articula para 2026

No dia de Halloween, reunião com presidente nacional do PSD, deputado federal de Atibaia e ex-prefeito de Leme fomenta rumores sobre possível candidatura de prefeito reeleito de Rio Claro, que levaria Maria do Carmo Guilherme (MDB) a assumir a Prefeitura.

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Reunião realizada com Gilberto Kassab e políticos “descondenados” de Atibaia e Leme, sinaliza que o prefeito reeleito de Rio Claro Gustavo Perissinotto já se articula para 2026 quando, segundo rumores surgidos logo após sua reeleição, poderá abrir mão de seu segundo mandato para concorrer a uma vaga na Câmara Federal.

No encontro realizado quinta-feira (31) com o secretário estadual de Governo e presidente nacional do PSD Gilberto Kassab, em São Paulo, Gustavo esteve acompanhado do deputado federal Saulo Pedroso e do ex-prefeito de Leme, Wagner Ricardo Antunes Filho, o Wagão. Todos (é claro!) do PSD.

Ao postar um vídeo do encontro em sua página no Facebook, Gustavo limitou-se a dizer que estava ali “buscando recursos para Rio Claro em convênios com o governo estadual”.

O discurso manjado da busca de recursos e investimentos para o fortalecimento dos municípios foi repetido por Wagão e Saulo. Porém, ambos também escancararam o viés político-partidário da reunião.

“Além disso, tratamos de articular sobre os prováveis candidatos a deputados da nossa região nas eleições de 2026”, revelaram em postagem feita nas redes sociais – clique AQUI.

Assim, nos bastidores esse encontro recrudesce rumores de que em 2026 Gustavo poderia renunciar ao mandato para o qual foi reeleito com 56 mil votos, para se lançar candidato a deputado federal. Com isso, a prefeitura de Rio Claro ficaria sob o comando da vice-prefeita eleita Maria do Carmo Guilherme (MDB).

Logo após a reeleição, o próprio Gustavo definiu a função de Maria do Carmo em seu novo governo. “Papel da Maria vai ser o papel de vice…vai me ajudar…vai me orientar…me aconselhar… E vai me substituir quando eu não estiver aqui” – clique AQUI.

Quem é quem

Wagão Antunes foi prefeito de Leme de 2004 a 2012. Em seu histórico carrega uma série de processos por improbidade administrativa. Entre os principais, em 2023, ele foi condenado a 7 anos de prisão pelo crime de corrupção passiva em um esquema envolvendo a venda de merenda escolar, após denúncia do Ministério Público Federal (MPF) – clique AQUI.

Neste ano, após recorrer ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) foi absolvido do crime de corrupção passiva. O recurso foi analisado pelo desembargador federal Ali Mazloum, da 5ª Turma. A Procuradoria Regional da República opinou pelo provimento do recurso.

Figura controversa, Mazloum é próximo do ministro Gilmar Mendes, do STF, e já atuou como juiz auxiliar em seu gabinete no Supremo, em 2018. Antes, chegou a ser afastado 7ª Vara Criminal Federal em 2003 após ter sido alvo da Operação Anaconda.

Saulo Pedroso se elegeu prefeito de Atibaia em 2012 pelo PSD e quatro anos depois foi reeleito pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em 2022 voltou ao PSD e disputou uma vaga na Câmara Federal obtendo 80 mil votos, o que lhe garantiu a condição de 1º suplente à cadeira de Deputado Federal pelo partido de Kassab, em São Paulo.

Em outubro de 2023 assumiu o cargo no lugar de Marco Antonio Bertaiolli (PSD), que deixou a vaga de deputado para assumir o posto de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE), em São Paulo.

No mesmo mês, o Tribunal de Justiça de São Paulo ratificou sentença do ano anterior em que Saulo, outros réus e empresas foram condenados a ressarcir R$ 23,9 milhões aos cofres públicos por serviços contratados e não executados pelo Consórcio Intermunicipal para Conservação e Manutenção de Vias Públicas Municipais Pró Estrada – clique AQUI.

Neste ano voltou a disputar, sem sucesso, a prefeitura de Atibaia graças a uma decisão favorável Superior Tribunal de Justiça (STJ), assinada pelo ministro Benedito Gonçalves, que suspendeu a condenação por improbidade administrativa que o impedia de concorrer em eleições.

Gonçalves foi indicado por Lula ao STJ. Como Corregedor-geral da Justiça Eleitoral abriu, a pedido do PT, investigação contra Bolsonaro e emitiu o voto de 460 que o tornou inelegível. Ele também foi o algoz de Juninho da Padaria, ao reformar sentença unânime do TRE paulista impondo inelegibilidade ao ex-prefeito.

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