Com agravamento da pandemia, Ministério Público é acionado em Rio Claro

Esse foi o segundo pedido de lockdown recebido pelo MP. Na segunda-feira (22), solicitação foi feita pelo Conselho Municipal de Saúde.

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O avanço da pandemia de coronavírus (Covid-19) em Rio Claro tem mobilizado a sociedade civil organizada. Depois do Conselho Municipal recomendar ao prefeito Gustavo Perissinotto que seja decretado lockdown em Rio Claro, agora chegou a vez do PSOL fazer o mesmo pedido. As duas solicitações foram feitas por meio de ofício protocolados na 1ª Promotoria de Justiça do Ministério Público.

O partido pede que o MP avalie a situação e tome as medidas necessárias para o estabelecimento de lockdown na cidade. O documento é assinado por Maria Aldenir Marques Cardoso, presidente do diretório municipal do PSOL. “O lockdown, mesmo que duro e impopular, é uma medida indispensável para interromper o avanço descontrolado do contágio por Covid-19 e evitar o colapso do sistema de saúde em Rio Claro”, justifica Maria Aldenir no ofício.

Conforme ela, a situação é alarmante e demanda medidas urgentes. “É emergencial a adoção de medidas rígidas de distanciamento social, restringindo a circulação da população em lugares públicos, permitindo apenas, e de forma limitada, para questões essenciais, como ir a farmácias, supermercados ou hospitais”, alega.

De acordo com o PSOL, a situação no município está “caótica” e “extremamente preocupante” com a ocupação de 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento de Covid-19 e a iminente falta de insumos, como oxigênio e medicamentos para intubação.

A presidente afirma que é necessário adotar medidas mais rígidas para conter o avanço da doença. “Precisamos achatar a curva de infectados e óbitos, reduzir o fluxo de pacientes aos hospitais e evitar que o sistema de saúde entre em colapso – não adianta só a instalação de novos leitos”, afirma Maria Aldenir.

O documento também solicita medidas de proteção para as famílias em situação de vulnerabilidade, o que inclui os profissionais afetados pela pandemia, como cestas básicas, aporte financeiro, como também subsídios aos proprietários de pequenos comércios da cidade.

O partido sugere que seja vetada a circulação de pessoas sem uso de máscaras faciais e de pessoas que não atuem nos serviços essenciais e que não tenham justificativa para circular. Também recomenda que sejam proibidos agrupamentos com mais de três pessoas, práticas esportivas em espaços privados e públicos, visitação de cemitérios, entre outras medidas. O descumprimento às regras deverá ser punido com multa e outras sanções previstas na legislação.

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