A Câmara Municipal de Rio Claro aplicou um drible no Ministério Público (MP) com a criação de supersalários de mais de R$ 12 mil para os servidores comissionados da Casa, conforme projeto aprovado em primeira discussão segunda-feira (27) e que deve ser ratificado pelo plenário em sessão extraordinária nesta terça-feira (28).
De autoria da Mesa Diretora da Câmara, o Projeto de Lei Complementar n° 40/2023 reajustou o salário recebido pelo Diretor Geral, Diretor de Comunicação e mais 20 assessores legislativos nível I, cujo valor saltou de R$ 9.311, 89 para R$ 12.248,59.
Os vencimentos dos 20 assessores legislativos nível II e dos outros 11 assessores de apoio legislativos, passarão de R$ 8.513,66 para R$ 11.198,63.
A diferença salarial entre os assessores nível I (para os quais exige-se formação de nível superior) e os de nível II (ensino médio) é mínima.
A aprovação do aumento acontece após a Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo ter estabelecido o prazo até abril para que a Câmara Municipal acabasse com a farra dos pagamentos extras mensais de 40% sobre os salários dos servidores comissionados aos ocupantes desses cargos nos gabinetes dos vereadores – clique AQUI.
Para aplicar mais um passa-moleque no Ministério Público, a Câmara de Rio Claro contou com 10 votos favoráveis de Adriano La Torre, Diego Gonzalez, Hernani Leonhardt, Julinho Lopes, Irander Augusto, Luciano Bonsucesso, Paulo Guedes, Rafael Andreeta, Rodrigo Guedes e Sivaldo Faísca.
Votaram contra o aumento os vereadores: Alessandro Almeida, Val Demarchi, Serginho Carnevale, Gerald Voluntário, Carol Gomes, Thiago Yamamoto, Moises Marques e Vagner Baungartner.
Vale lembrar que em dezembro de 2021, após recomendação feita pelo Ministério Público para que fosse eliminado um assessor por gabinete, a Câmara aprovou o PLC nº 224/2021 que atendia o pedido do MP mas, em compensação, criava em sua estrutura 11 novos cargos de Assessor de Apoio Legislativo – clique AQUI.