Festival de Música Instrumental realiza 2ª edição online

O público pode assistir a programação gratuitamente, de quinta-feira a domingo, entre os dias 9 e 19 de setembro.

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O maior Festival de Música Instrumental do interior paulista chega em sua sétima edição. O MIA é ponto de encontro entre sonoridades, bagagens, repertórios e ideias. Pelo segundo ano consecutivo, o festival é transmitido por meio das plataformas virtuais. O Festival de Música Instrumental realiza 2ª edição online entre os dias 9 e 19 de setembro. O público pode assistir a programação gratuitamente, de quinta-feira a domingo, ao longo de duas semanas.

O festival é realizado pelas prefeituras de Araçatuba e de Taubaté, Poiesis, Oficinas Culturais e governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Em 2021, a curadoria é de Ana Morena, Letieres Leite e Louise Wooley, que construíram a programação com um olhar que equilibra o fazer artístico, a diversidade da música instrumental e o resgate social.

“A programação que vai desde encontros musicais entre músicos que muitas vezes nem se conhecem, até os papos e discussões de pensamento sobre o setor, teve como objetivo dar visibilidade a uma música instrumental pouco óbvia e incrivelmente talentosa. Uma música instrumental que muitas vezes não está nos grandes centros e é fundamental na mudança social e estética onde são realizadas no Brasil profundo”, afirmam os curadores da edição.

De acordo com eles, unir a diversidade musical foi um desafio. “Procuramos juntar a música orquestrada, o digital moderno e o ancestral, lembrando que a ancestralidade do Brasil passa por um cenário diverso e plural. Evidenciar essa música instrumental feita por mulheres, pessoas pretas, LGBTQIA+, vindas de várias regiões do país e de várias estéticas foi um desafio e um deleite”, explicam.

Com foco na formação, na troca e na interação, o Festival traça um panorama da música instrumental brasileira e reflete sobre seus lugares, mercados e caminhos, por meio do diálogo com diversos nomes, olhares, linguagens, gêneros e estilos, transitando entre jazz, erudito, popular, eletrônico, experimental e improvisação livre.

Em 2021, o festival amplia sua atuação no interior paulista e passa a ser realizado em duas extremidades do estado: Araçatuba e Taubaté. A programação tem como pressuposto o encontro e a experimentação de possibilidades de conexão entre diferentes contextos, geografias e gerações, tornando as redes de Oficinas Culturais palco de um recorte da diversidade da música instrumental que acontece agora.

O Festival de Música Instrumental realiza 2ª edição online. O evento pode ser acompanhado pelos perfis do YouTube e Instagram das Oficinas Culturais. Confira a programação completa:

MIA ARAÇATUBA

Festival de Música Instrumental realiza 2ª edição online
Festival de Música Instrumental realiza 2ª edição online. (Foto: Reprodução/Internet)

9 de setembro – Quinta-feira

Às 11 horas, Manu Zambon (Hojemais) e Flávia Santos (Oficina de Macacos) entrevistam convidados da programação de apresentações e conversas do MIA 2021 no Aquecimento MIA Araçatuba. No bate-papo, eles contam como serão suas participações e quais as expectativas para o evento. O aquecimento do MIA será transmitido pelo Instagram @Oficinas Culturais, @HojeMaisAraçatuba e @OficinaDeMacacos.

O jornalista, apresentador, curador e crítico Pedro Antunes entrevista a DJ, produtora musical, pianista, guitarrista, cantora, compositora, violonista, produtora cultural e educadora Malka Julieta. Ela fala sobre sua trajetória, trabalhos e conta como foi produzir sua formação da Conexão MIA, que estreia no dia 9 de setembro, às 21 horas. Os interessados podem conferir a entrevista às 18h pelo Instagram do Pedro, @PoAntunes.

Em Sotaques instrumentais: Acordes de um Brasil descentralizado, gestores, artistas e responsáveis de projetos socioculturais em territórios fora dos grandes centros se reúnem para um diálogo e troca de experiências. Os projetos que integram a conversa são: Projeto Guri (SP), Orquestra Reggae de Cachoeira (BA), Banda Filarmônica de Cruzeta (RN) e Instituto Cultural Casa do Béradêro (PB). O conteúdo será disponibilizado pelo YouTube das Oficinas Culturais às 19 horas.

Com produção musical de Malka Julieta (SP), MIA promove um encontro inédito entre os instrumentistas Cristiano Silva (bateria) e Viviane Nukamoto (guitarra), de Araçatuba (SP); Macaxeira Acioli (percussão), de Campina Grande (PB); Mari Santana (flauta), de João Pessoa (PB); e Felipe Guedes (baixo), de Salvador (BA). A apresentação estará disponível no YouTube das Oficinas Culturais às 21 horas.

10 de setembro – Sexta-feira

A radialista Patricia Palumbo entrevista Jordi Amorim, guitarrista, baixista, arranjador e pesquisador baiano da nova geração. Ele comenta sobre sua trajetória, trabalhos e conta como foi produzir sua formação da Conexão MIA, que estreia às 21 horas. A conversa será transmitida pelo Instagram da Patricia, @PatriciaPalumbo, às 18 horas.

Tendo em vista que a essência da música popular do Brasil é de matriz africana, maestros e maestrinas com trajetórias calcadas em discussões rítmicas conversam sobre sistemas e técnicas de escrita que se dão do reconhecimento da música brasileira a partir de seu fundamento rítmico menor. A conversa Estruturas rítmicas da música brasileira a partir de suas matrizes africanas e seus desdobramentos na música orquestral acontecerá às 19 horas pelo YouTube das Oficinas Culturais.

Às 21 horas no YouTube das Oficinas Culturais, a apresentação musical Conexão MIA proporciona o encontro entre os instrumentistas André Rodrigues (trompete) e Felipe Deleon (sax), de Araçatuba (SP); Kleber Moreira (percussão), de Natal (RN); Rosa Garbin (trombone) e Sintia Piccin (barítono), de São Paulo (SP); e Tiago Nunes (percussão), de Salvador (BA). A produção musical é de Jordi Amorim (BA).

11 de setembro – Sábado

Às 18 horas pelo Instagram @TrabalhoSujo, o jornalista Alexandre Matias entrevista Érica Silva, instrumentista, professora, arranjadora e produtora musical. Ela fala sobre sua trajetória, trabalhos e conta como foi produzir sua formação da Conexão MIA, que estreia no dia 11 de setembro, às 21 horas.

Em um contexto de relações sociais mediadas por imagens, o elo entre música e experiência visual tem se estreitado cada vez mais. Na música instrumental, muitos projetos já são concebidos em diálogo com audiovisual e linguagens cênicas. Às 19 horas pelo YouTube das Oficinas Culturais, artistas que encaram a questão visual como parte indissociável da musical trocam experiências e refletem sobre trabalhos que conectam escolhas sonoras e estéticas. A mesa é composta por Gustavo Bonin, Lenynha Oliveira e Walter Nazário e mediação de Urânia Munzanzu.

Nesta Conexão MIA, os instrumentistas Beatriz Marques (bateria) e Júlio Mouro (guitarra), de Araçatuba (SP); Beatriz Lima (baixo), de São Paulo (SP); e Lívia Mattos (sanfona), de Salvador (BA). se reúnem para uma apresentação com produção musical, synths e beat de Érica Silva (PR). O show estará disponível às 21 horas no YouTube das Oficinas Culturais.

12 de setembro – Domingo

Às 18 horas pelo Instagram @TMDQA, Tony Aiex, fundador e editor-chefe do site “Tenho Mais Discos Que Amigos!”, entrevista Fi Maróstica, contrabaixista, arranjador e produtor musical. Ele fala sobre sua trajetória, trabalhos e conta como foi produzir sua formação da Conexão MIA, que estreia no dia 12 de setembro, às 19 horas.

Em seguida, às 19 horas pelo YouTube das Oficinas Culturais, Conexão MIA apresenta o encontro musical inédito entre os instrumentistas Danielly Dantas (clarinete), de Cruzeta (RN); João Oliveira (violão), de Taubaté (SP); Osvaldo Martins (bateria), de Araçatuba (SP); Vanessa Ferreira (contrabaixo), de Guarulhos (SP); e Vanessa Melo (clarinete), de Salvador (BA). A produção musical é de Fi Maróstica (SP).

A conversa Música, acessibilidade e possibilidades sensoriais é um diálogo sobre a ocupação de espaços por pessoas com deficiência, da perspectiva de quem compõe, toca e produz. Carol Deaf, flautista surda, Felipe Monteiro, consultor em acessibilidade cultural e audiodescrição, e Dudé Vocalista e Yzalú, que transformam suas deficiências físicas em ferramentas artísticas, conversam sobre seus trabalhos, inclusão e refletem sobre perspectivas de um futuro anticapacitista na música. O bate-papo será transmitido no YouTube das Oficinas Culturais às 19h10.

O saxofonista João Paulo Ramos Barbosa, conhecido como Jota P., e o pianista Elias Tetsuo Umakakeba estão juntos para um duo inédito às 21 horas no YouTube das Oficinas Culturais. Os artistas, nascidos no Oeste Paulista, somam suas bagagens, referências e sonoridades neste encontro provocado pelo MIA.

MIA TAUBATÉ

O Festival de Música Instrumental realiza 2ª edição online e acontece entre os dias 9 e 19 de setembro. (Foto: Reprodução/Internet)

16 de setembro – Quinta-feira

No Aquecimento MIA Taubaté, Michel Cruz (Bangue Estúdio) e Robson Couto (O Jardim Cultural) entrevistam convidados da programação de apresentações e conversas do MIA 2021. No bate-papo, eles contam como serão suas participações e quais as expectativas para o evento. A conversa estará disponível no Instagram @OficinasCulturais, @BangueEstudio e @OJardimCultural às 11 horas.

Pedro Antunes entrevista Chico Correa

O jornalista Pedro Antunes entrevista Chico Correa, produtor musical que já integrou os grupos Cabruêra, BaianaSystem, Totonho e os Cabra, e, atualmente, conduz o Berra Boi, Surra de Rima e Seu Pereira e Coletivo 401. Às 18 horas pelo Instagram @PoAntunes, Chico fala sobre sua trajetória, trabalhos e conta como foi produzir sua formação da Conexão MIA, que estreia no dia 16 de setembro, às 21 horas.

Há uma linguagem rítmica latina que não chega ao Brasil. A partir da perspectiva histórica e da formação étnica de povos latino-americanos, Guga Stroeter, o maestro cubano Jorge Ceruto e a maestrina Thaís Bezerra, mediados pela cubana Claudia Rivera, refletem sobre as diferenças e relações do batuque brasileiro perante a América Latina. A conversa Brasil é música latina? será disponibilizada às 19 horas no YouTube das Oficinas Culturais.

Às 21 horas, a apresentação musical tem produção musical de Chico Correa (BA). A Conexão MIA recebe os instrumentistas Felipe Moreira (flauta) e Lucas Pezão (tuba), de Taubaté (SP); Bruno Henrique (teclado), de Pindamonhangaba (SP); e Eddu Porto (bateria), de São Carlos (SP). O espetáculo estará disponível no YouTube das Oficinas Culturais.

17 de setembro – Sexta-feira

A radialista Patricia Palumbo entrevista Ivana Gaya, multiartista soteropolitana que canta, compõe, interpreta, dirige e produz. Ela fala sobre sua trajetória, trabalhos e conta como foi produzir sua formação da Conexão MIA, que estreia no dia 17 de setembro, às 21 horas. A entrevista ocorrerá pelo Instagram @PatriciaPalumbo às 18 horas.

Os multi-instrumentistas e produtores musicais Conrado Goys, Maria Beraldo e Rieg Rodig, mediados pela gestora de projetos culturais Nancy Silva, conversam sobre o vasto mundo da publicidade, dos games, do cinema, das artes cênicas e das diversas trilhas por onde a música instrumental pode caminhar. A conversa Música instrumental e outros mercados será realizada pelo YouTube das Oficinas Culturais às 19 horas.

Com produção musical, arranjo base, programações e synths de Ivana Gaya (BA), Conexão MIA promove este encontro entre os instrumentistas Alessandro Primata (bateria), de Taubaté (SP); Gisele Pilz (flauta), de Ubatuba (SP); Ana Karina Sebastião (baixo) e Luis Chamis (teclado), de São Paulo (SP); e Jubileu Filho (guitarra, violão e trompete), de Natal (RN). A apresentação musical acontecerá às 21 horas pelo YouTube das Oficinas Culturais.

18 de setembro – Sábado

Pelo Instagram @TrabalhoSujo, às 18 horas, o jornalista Alexandre Matias entrevista Guirraiz, DJ, produtor musical, integrante do coletivo Ferve e responsável pelo selo Oré Música. Ele fala sobre sua trajetória, trabalhos e conta como foi produzir sua formação da Conexão MIA, que estreia no dia 18 de setembro, às 21 horas.

Os porquês, senões e questões que envolvem a tecnologia de NFT (token não fungível, na sigla em inglês), recurso relacionado a criptomoedas e aos blockchains, são assunto da conversa mediada por Anne Chang que acontece às 19 horas pelo YouTube das Oficinas Culturais. No bate-papo sobre o modelo de negócio que tem gerado discussões e apostas quanto ao seu potencial revolucionário e oportunizador no mercado de música digital, Anderson Foca e Janara Lopes introduzem o tema, abordam os impactos em direitos autorais, retorno financeiro, consumo e avaliam quais as perspectivas de evolução na indústria.

Às 21 horas, a Conexão MIA oferece o encontro entre os instrumentistas Archanjo dos Santos (bateria e percussão), de São Luiz do Paraitinga (SP); Bianca Santos (trompete), de Taubaté (SP); Gabriela Terra Deptulski (guitarra e teclado), de Colatina (ES); e Lena Papini (baixo), de São Paulo (SP). Com produção musical de Guirraiz (PB), o espetáculo será transmitido pelo YouTube das Oficinas Culturais.

19 de setembro – Domingo

Tony Aiex, do site “Tenho Mais Discos Que Amigos!”, entrevista Henrique Albino, músico da nova geração pernambucana, às 18h pelo Instagram @TMDQA. O compositor, arranjador, multi-instrumentista, educador, pesquisador e produtor musical fala sobre sua trajetória, trabalhos e conta como foi produzir sua formação da Conexão MIA, que estreia em seguida, às 19 horas pelo YouTube das Oficinas Culturais.

A apresentação é um encontro entre os músicos Érica Sá (marimba, vibrafone e percussão), de Salvador (BA); Esther Fietz (violoncelo), de São Luiz do Paraitinga (SP); Joana Coelho (flauta), de Taubaté (SP); e João Gaspar (bandolim e violão), de Lagoinha (SP).

Numa sociedade em que a ocupação de espaços é atravessada pelo racismo estrutural e pela misoginia, refletir sobre a música instrumental para além dos homens brancos evidencia a demarcação de lugares e as relações de poder e apagamento que imperam no setor.

Instrumentistas de uma nova geração dialogam sobre a significância de uma cena musical que amplifique a voz de outros corpos e vivências, provocando uma produção artística mais plural. A conversa tem mediação de Aline Gonçalves e conta com Alana Gabriela, Amaro Freitas e Bruna Duarte. O vídeo do bate-papo estará disponível no YouTube das Oficinas Culturais às 19h10.

Fechando a programação, a pianista Bianca Gismonti, filha do lendário Egberto Gismonti e integrante do Duo Gisbranco, encontra o violino e o bandolim de Raquel Aranha, um dos grandes nomes da música instrumental do Vale do Paraíba (SP). Juntas, colaboram em um duo que vai da MPB ao jazz. A apresentação musical será transmitida às 21 horas pelo YouTube das Oficinas Culturais.

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