Após autorização do prefeito Gustavo, a prefeitura de Rio Claro quebrou a ordem cronológica para efetuar pagamentos a três empresas contratadas para prestar serviços a Secretaria Municipal de Educação. A Sustentare, responsável pela coleta de lixo e operação do Aterro Sanitário, também foi beneficiada.
Entre as empresas terceirizadas da Educação está a Terra Plana – Locação e Serviços que, pela quebra de ordem cronológica publicada no Diário Oficial do Município na última sexta-feira (06), recebeu dois repasses que somam R$ 378.990,70.
Até então a Terra Plana, com sede na cidade de Orlândia na região de Ribeirão Preto, já havia recebido dos cofres públicos municipais de Rio Claro mais de R$ 10,6 milhões, referentes a contratos firmados para a prestação de serviços à Secretaria de Educação, comandada por Valéria Velis.
Foram dois contratos assinados em 2021, pelos quais recebeu R$ 3.870.509,11. O primeiro em outubro, para serviços de conservação e limpeza das unidades escolares. O segundo, em novembro para o fornecimento de auxiliares de cozinha.
Em 2022 outros dois contratos foram firmados, que resultaram no pagamento de R$ 6.777.915,39. Um em junho, para a contratação de 60 auxiliares de cozinha e outro em novembro, para auxiliar administrativo em suporte a Rede Municipal de Ensino.
A Terra Plana possui representação em Rio Claro instalada à sala 7 do Escritório Compartilhado Blue House, localizado na esquina da Avenida 9 com Rua 7, no Centro.
O endereço também sedia a AM Consultoria, do advogado André Miranda, que foi chefe de gabinete do ex-vereador Sérgio Calixto e que nos bastidores políticos é apontado como autor da denúncia anônima que levou o Ministério Público Eleitoral a abrir procedimento investigatório contra o partido Republicanos de Rio Claro – clique AQUI.
As outras duas empresas de serviços terceirizados beneficiadas pela quebra da ordem cronológica são: a FGK Vigilância e Segurança Ltda, com R$ 163.685,62 e a MV Serviços Ltda, com R$ 1.052.173,25.
Contratada em setembro de 2021, a FGK teve o contrato renovado pela terceira vez neste ano e já recebeu dos cofres públicos quase R$ 2,4 milhões.
Com sede em Mairinque, a MV Serviços já foi alvo de protestos de funcionários terceirizados e recebeu, desde sua contratação em 2022 até agora, mais de R$ 29,2 milhões.
Conforme o RC 8:32 já revelou, a empresa tem um histórico de denúncia por corrupção, fraudes em licitação, prisões envolvendo empresário, políticos e servidores públicos com participação em suposto esquema para financiar campanhas eleitorais – clique AQUI.