A Confederação Brasileira de Esgrima (CBE) informou nesta quinta-feira (1) que o Brasil tem quatro atletas da esgrima em cadeira de rodas classificados para a Paralimpíada de Tóquio (Japão). As vagas, definidas pelo ranking mundial da modalidade, serão oficializadas pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) em junho.
Os representantes em Tóquio serão Carminha Oliveira na categoria A (amputados ou com limitação de movimento, mas com mobilidade no tronco) e Jovane Guissone, Mônica Santos e Vanderson Chaves na categoria B (esgrimistas com menor mobilidade no tronco e equilíbrio). Segundo a CBE, mais três brasileiros podem se classificar de acordo com as variáveis para preenchimento de vagas restantes para equipes nos Jogos: Alex Sandro Souza, Fabiana Soares e Moacir Ribeiro, todos na categoria A.
A situação dos brasileiros foi definida após a Federação Internacional de Esportes para Cadeirantes e Amputados (IWASF, na sigla em inglês) cancelar a Copa do Mundo (marcada para São Paulo, em abril) e decidir que os Campeonatos Regionais das Américas (também cancelado, seria na capital paulista, em maio), da Europa e da Ásia não contariam na classificação paralímpica. Segundo a entidade, as incertezas causadas pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) foram determinantes. O ranking mundial, que fecha em 31 de maio, não será mais alterado.
“Estou um pouco ansioso, devido a essa pandemia, que não passa. Treino todos os dias, tentando, cada vez mais, deixar a minha esgrima mais madura. Nesse ano, é diferente do Rio [de Janeiro, em 2016]. Estou muito bem preparado, sem lesões. Só estou esperando os Jogos para fazer o meu melhor”, disse Jovane, medalhista de ouro na Paralimpíada de Londres (Reino Unido), em 2012, em depoimento ao site da CBE.
O campeão paralímpico competirá nas provas de florete e espada em Tóquio, assim como Carminha, que estará nos Jogos pela primeira vez na carreira. Mônica e Vanderson, por sua vez, classificaram-se nas disputas de florete e sabre. Ambos representaram o país em 2016, no Rio.
“É uma honra representar o Brasil novamente no maior evento paralímpico do mundo. Fico muito feliz por conseguir a vaga. Na minha primeira Paralimpíada, fui um dos atletas convidados após a Rússia ser banida. Ir para os Jogos de Tóquio com a minha própria vaga garantida é uma sensação de dever cumprido”, destacou Vanderson, também à CBE.
Com as classificações da esgrima, o Brasil chega a 113 lugares paralímpicos em Tóquio, entre modalidades individuais e coletivas. Na semana passada, o país obteve quatro vagas no tiro com arco durante o Parapan-Americano de Monterrey (México).