O reajuste de 21% conquistado pelos servidores de Limeira acentua o descaso com que o funcionalismo municipal de Rio Claro foi tratado. Tanto pelo sindicato da categoria que se mostrou passivo como pela Câmara Municipal que, em sessões extraordinárias durante o carnaval, aprovou aumento escalonado de 8%, índice abaixo da inflação de 2021 e que não faz frente as perdas acumuladas em dois anos de salários congelados.
Em Limeira, após um dia de greve dos servidores, o projeto de reajuste encaminhado pelo prefeito Mario Botiom e aprovado pela Câmara Municipal no dia 21 de fevereiro contemplou o termo de acordo firmado entre a Prefeitura e o Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel), Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Limeira e Região (Sindeguarda) e Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Pela proposta, os vencimentos dos servidores limeirenses terão o reajuste de 21% correspondentes à reposição do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apurado do período de março de 2019 a fevereiro de 2022. O reajuste será parcelado em duas vezes, sendo 10% aplicados a partir de 1º de março e 10% a partir de maio.
O projeto também garantiu a aplicação dos pisos nacionais estabelecidos para os profissionais do magistério, agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias. Outro projeto também aprovado pela Câmara de Limeira assegurou o mesmo índice de reajuste aos membros titulares do Conselho Tutelar.
Já em Rio Claro, após dois anos de salários congelados, o reajuste de 8% oferecido pelo prefeito Gustavo Perissinotto e aprovado pela Câmara Municipal, provoca uma revolta crescente entre os servidores públicos municipais, que rejeitaram a proposta em assembleia realizada de última hora pelo Sindmuni – Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal e marcada por ameaça de agressão feita por um sindicalista contra um funcionário.
